Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Siqueira, Lillian Dias Castilho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-24012017-154800/
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Resumo: |
Durante o cotidiano do trabalho em serviços de saúde, os profissionais de enfermagem podem sentir-se impossibilitados de realizar todos os cuidados que são necessários aos pacientes e, diante de múltiplas demandas e recursos insuficientes, podem abreviar o cuidado, atrasá-lo ou simplesmente omiti-lo. A omissão de cuidados de enfermagem pode apresentar implicações negativas nos resultados assistenciais aos pacientes. Os objetivos deste estudo metodológico foram investigar aspectos dos cuidados de enfermagem e outras razões para a omissão do cuidado, que não estão incluídas na versão norte-americana do instrumento MISSCARE, propor a versão em português brasileiro do instrumento e testar as suas propriedades psicométricas. A pesquisa foi realizada em duas fases. A primeira fase consistiu na avaliação da validade de face e de conteúdo do instrumento em português, cuja validação inicial havia sido feita em estudo anterior em 2012. Os dados foram coletados em fevereiro de 2015, por meio de grupos focais com profissionais de enfermagem: três enfermeiros, um técnico e três auxiliares de enfermagem. Os resultados levaram à construção da versão MISSCARE-BRASIL, a partir do acréscimo ao instrumento original, de quatro novos itens na Parte A e 11 novos itens na Parte B. A segunda fase desta pesquisa foi a análise psicométrica do instrumento MISSCARE-BRASIL, conduzida com uma amostra aleatória de 330 profissionais da grade populacional de 1618 membros da equipe de enfermagem atuantes em hospital público de ensino. Os dados foram coletados entre abril e maio de 2015. Em relação à caracterização dos participantes, houve predomínio de mulheres, entre 25 e 44 anos, com ensino médio e mais de 10 anos de experiência, trabalhando em turnos de 6 horas e mais de 30 horas semanais. Em relação à função, 39,7% eram auxiliares de enfermagem, 33% técnicos em enfermagem, 20,9% enfermeiros e 6,4% enfermeiros com função administrativa. Quanto às propriedades do instrumento, em relação à validade de constructo convergente, obtiveram-se correlações moderadas entre as variáveis da omissão do cuidado do MISSCARE e as variáveis \"Satisfação com o cargo/função\" e \"Satisfação com o trabalho em equipe\". Houve uma correlação fraca entre a variável \"Satisfação com a profissão\" e as variáveis de omissão, onde o coeficiente de correlação de Spearman variou de 0,22 a 0,24. A análise fatorial confirmatória evidenciou bom ajuste do modelo de medida e manteve a estrutura fatorial inicialmente proposta na versão original do MISSCARE. O modelo ampliado do MISSCARE-BRASIL também se apresentou ajustado de modo regular à estrutura dimensional proposta na versão original. Quanto à confiabilidade, as versões MISSCARE e MISSCARE-BRASIL apresentaram valores de alfa de Cronbach maiores que 0,70, considerados aceitáveis para uma boa consistência interna dos itens. Conclui-se que as versões MISSCARE e MISSCARE-BRASIL são válidas e confiáveis na amostra estudada |