Inibição do estresse oxidativo em macrófagos previne a redução no conteúdo do receptor ABCA-1 induzida por albumina modificada por glicação avançada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Pinto, Raphael de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-22082011-134651/
Resumo: Produtos de glicação avançada (AGE) prejudicam o transporte reverso de colesterol, por diminuírem o efluxo de colesterol de macrófagos, mediado por HDL. Neste estudo, avaliamos o papel da albumina modificada por glicação avançada (albumina-AGE) sobre a geração de espécies reativas de oxigênio (ROS) pela mitocôndria e pelo sistema NADPH oxidase, e sua implicação sobre o conteúdo do receptor de HDL (ABCA-1) em macrófagos. Albumina-AGE foi preparada pela incubação com glioxal (GO), metilglioxal (MGO) ou glicolaldeído (GAD) e albumina controle (albumina C), com tampão fosfato apenas. Albumina C e AGE foram incubadas com macrófagos, ao longo do tempo, para determinação da produção de ROS e do conteúdo de ABCA-1, por citometria de fluxo. Macrófagos tratados com albumina-GO, MGO e GAD apresentaram aumento na produção de ROS de, respectivamente, 24%, 25% e 24%, em comparação às células tratadas com albumina C. A elevação na produção de ROS foi prevenida pelo tratamento celular com inibidor de NADPH oxidase ou desacoplador mitocondrial, evidenciando o papel da NADPH oxidase e da mitocôndria na geração de ROS induzida pela albumina-AGE. Em comparação com as células tratadas com albumina-C, a respiração mitocondrial basal, determinada por oxigrafia, foi reduzida em 35% e 46% nas células expostas, respectivamente, à albumina-GO e albumina-GAD e não foi restabelecida após tratamento celular com desacoplador mitocondrial. O conteúdo total de proteínas carboniladas aumentou 41% em macrófagos tratados com albumina-GAD, em comparação à albumina-C. A redução no conteúdo de ABCA-1, observada após 8 horas de tratamento com albumina-GAD, foi paralela ao incremento na produção de ROS, sendo prevenida pelo tratamento com aminoguanidina, a qual também diminuiu a geração de ROS em macrófagos tratados com albumina-AGE. Por outro lado, a benfotiamina não conseguiu restaurar o conteúdo de ABCA-1, o que foi associado à menor redução na geração de ROS, promovida por este fármaco. Os resultados apontam para papel da albumina-AGE na diminuição do efluxo de colesterol celular, notadamente por reduzir a expressão de ABCA-1, vinculada ao aumento do estresse oxidativo em macrófagos. A inibição do estresse oxidativo, induzido pela albumina-AGE, previne distúrbios no transporte reverso de colesterol por impedir a redução de ABCA-1, contribuindo assim para prevenir a aterosclerose no diabete melito