Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Raquel Alves dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8160/tde-30092022-122647/
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Resumo: |
Esta tese tem como objetivo apresentar uma análise crítica da tradução para o alemão de Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus, sob a perspectiva dos elementos paratextuais que compõem o livro traduzido em 1962 por Johannes Gerold e reeditado nove vezes no período entre 1962 e 1989. Quarto de Despejo foi publicado no Brasil em 1960 e ocupou rapidamente o primeiro lugar na lista dos best-sellers no país. O livro, escrito em primeira pessoa, marca o cenário do gênero autobiográfico com uma voz fora do cânone narrando condições de moradia e sobrevivência em favela ainda novas no imaginário paulistano. A tradução segue o enquadramento dado ao livro pela recepção brasileira, mas encontra solo fértil em um momento político-ideológico das ex-Alemanhas Ocidental e Oriental na década de 1960 que revela interesse pela alteridade e suas condições sociais específicas. A análise dos elementos paratextuais que compõem o livro como capa, orelha, quarta capa, prefácio e posfácio revelou a importância dada aos aspectos político-sociais do livro e o objetivo de orientar a compreensão e a leitura dessa tradução. Isso pode ser vislumbrado nas respostas de leitores-teste da obra e dos paratextos que, na sua maioria, sofreram influências desses textos. Além da característica de orientação, esses paratextos apontaram para características do Übersetzungsauftrag [encargos de tradução]. Para tanto, a Linguística de Corpus foi utilizada como abordagem teórico-metodológica para a ampliação das análises textuais, além disso, os Estudos Descritivos da Tradução e a teoria de paratextos de Genette (2009) foram tomados como principais aportes teóricos. |