Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Lima, Tânia Cristina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-09012009-091225/
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Resumo: |
A baixa sensibilidade dos animais à droga e a função hepática pouco alterada são as principais dificuldades para o desenvolvimento da cirrose hepática experimental. A proposta deste trabalho foi aprimorar o modelo de cirrose por injeção intraperitoneal de tioacetamida (TAA) a fim de reduzir a adaptação dos animais ao fármaco. Foram utilizados 5 grupos de fêmeas de ratos Wistar: A (200 mg TAA/kg); B (aumento de 20% aos 48 dias); C (aumento de 10% a cada 24 dias); D (aumento de 15% a cada 24 dias); E (solução salina). Os animais foram injetados 3 vezes por semana durante 14 semanas. Foram realizadas coletas sanguíneas, por punção cardíaca, no início, no final do experimento e antes dos aumentos de dose, para análise dos marcadores de função hepática. A avaliação comportamental foi efetuada pelo método do labirinto em cruz elevado (LCE). Amostras de fígado foram colhidas e submetidas ao processamento para microscopia de luz. Os animais tratados com TAA apresentaram piloereção, icterícia e cromodacriorréia. Os testes do LCE demonstraram estresse e/ou ansiedade nesses animais. Os fígados cirróticos apresentaram nódulos regenerativos e lesões hemorrágicas na superfície. O ganho de peso foi semelhante entre os grupos tratados, porém, inferior ao do grupo E. Os danos de função hepática foram mais acentuados nos grupos em que houve aumento de dose, entretanto, a mortalidade do grupo D foi elevada (44%). O tratamento com TAA levou ao desenvolvimento de cirrose com formação de nódulos regenerativos circundados por septos fibrosos e desarranjo da arquitetura hepática. A deposição de colágeno foi maior nos grupos B e C. O grupo D apresentou quantidade de colágeno semelhante a do grupo A. O exame histopatológico demonstrou intensa proliferação de células ovais e hiperplasia de ductos biliares com produção de muco ácido. Foi observada presença de hemossiderina, hepatócitos balonizados, lesões nucleares e células inflamatórias. A administração de TAA provocou ainda o desenvolvimento de lesões pré-neoplásicas, sugerindo possível efeito carcinogênico dessa substância. Os resultados demonstraram que os grupos B e C foram os mais eficazes no desenvolvimento da cirrose experimental. O grupo D, apesar do aumento maior na dose, apresentou resultados similares aos do grupo A (dose constante) e alta mortalidade, selecionando animais resistentes à droga. Assim, recomenda-se o modelo de indução do grupo B por apresentar menor mortalidade (5%), menor influência no aspecto emocional e quadro cirrótico tão grave quanto o dos animais do grupo C. |