Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Júnior, Wellington Fernandes da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5167/tde-20072022-131339/
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Resumo: |
Em adultos, a leucemia linfoblástica aguda (LLA) tem desfechos significativamente inferiores quando comparada com a população pediátrica, com cerca de 40-50% dos pacientes alcançando remissão a longo prazo. Na América Latina, levantamentos retrospectivos unicêntricos apontam que a sobrevida da população adulta é inferior à de países desenvolvidos. Diferenças clínicas e até mesmo genéticas nesta doença são descritas e o impacto de alterações genéticas já bem descritas mundo afora como deleção e/ou mutação do IKZF1, rearranjo do CRLF2 e determinadas mutações em tirosino-quinases ainda não foram publicadas em coorte brasileira. O presente estudo tem como objetivo aprofundar a caracterização genética da LLA do adulto, utilizando a coorte de pacientes tratados em centro público com protocolo uniformizado de tratamento, visando também analisar os desfechos obtidos com a otimização da avaliação genética e terapêutica, além da toxicidade do tratamento, em particular da asparaginase. Pacientes diagnosticados com LLA ou leucemia de linhagem ambígua no Instituto do Câncer de São Paulo (ICESP) entre 2015 e 2020 foram o foco central da tese, embora parte dos achados tenham sido associados com coortes de outras instituições, visando aumentar o poder estatístico para determinados desfechos. Um total de 104 pacientes foram incluídos inicialmente, com mediana de 37,5 anos. Cromossomo Filadélfia (Ph) foi encontrado em 33 pacientes. Dentre 45 casos de LLA de linhagem B Ph-negativos, após a exclusão de casos com fusão envolvendo os genes KMT2A ou TCF3/PBX1, 9 casos com fusão Ph-like foram identificados. Sobrevida global (SG) e livre de eventos em 3 anos foram 42.8% e 30.8%, respectivamente. Para pacientes tratados com regime pediátrico, SG em 3 anos foi de 52.5%. Pacientes Ph-positivos foram analisados conjuntamente à coortes consecutivas de mais outros 4 centros públicos. Um total de 123 pacientes Ph+ com LLA foram analisados, encontrando-se uma SG de 25% em 4 anos. A incidência de recaída foi de 29%, enquanto a mortalidade não-recaída foi de 42%. Somente idade foi independentemente associada com SG, e níveis de desidrogenase láctica e invasão de sistema nervoso central com recaída neste coorte. Os efeitos da asparaginase peguilada (PEG), aprovada no Brasil em 2017, foram avaliados em coorte envolvendo mais 2 centros. Neste estudo, 57 pacientes foram incluídos a incidência de eventos tromboembólicos foi de 17.5%. Hepatotoxicidade grau 3 ou superior foi mais frequente em pacientes obesos. Os eventos associados à PEG em nosso meio foram igualmente relatados em estudos de países desenvolvidos |