Partículas de fosfato de ferro e fosfato de ferro-cálcio como dispositivos visando o tratamento de melanoma

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Schul, Vitor Basso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/82/82131/tde-29032016-114821/
Resumo: O câncer tem múltiplas origens e suas causas incluem estilo de vida, fatores ambientais e suscetibilidade genética hereditária. Por isso, a busca por tratamentos mais eficazes e por um diagnóstico precoce das neoplasias malignas cresce cada vez mais. Apesar de o câncer, geralmente, derivar de um único clone de células transformadas, o processo de progressão tumoral promove considerável diversidade genética entre as células neoplásicas em crescimento. O melanoma cutâneo maligno origina-se dos melanócitos presentes predominantemente na pele ou de células precursoras multipotentes, como os nevus, e é o câncer cutâneo com maior grau de malignidade. Várias são as linhas de tratamento utilizadas atualmente para o câncer, porém muitas ainda não são tão eficazes, e a descoberta precoce ainda é uma das principais ferramentas para o combate ao problema. O presente projeto teve como objetivo verificar a resposta de células de fibroblastos e Hep2 in vitro tratadas com partículas de óxido de ferro e ferro-cálcio, assim como, a caracterização dessas partículas. A caracterização das partículas foi realizada por meio da análise granulométrica, de Microscopia eletrônica de varredura (MEV), teste de absorbância dos vidros e a medida da capacidade de aquecimento das partículas quando em solução nas concentrações de 50, 250 e 500 mg/ml. Os testes de toxicidade dos vidros foram realizados por meio de ensaios in vitro de difusão de extratos em solução e método de difusão em Agar utilizando-se linhagem celular de fibroblasto e células tumorais de laringe humana Hep2. E, testes in vivo com a administração das partículas obtidas pela via subcutânea. Os resultados da caracterização das partículas demonstraram que o diâmetro médio das partículas de fosfato de ferro foi de 830,2 nm e 745,3 nm para as partículas de fosfato de ferro-cálcio, o que foi confirmado pela MEV. O teste de absorbância mostrou que os vidros absorvem em ampla faixa do espectro eletromagnético, incluindo a faixa de 660 nm. O teste de aquecimento demonstrou a capacidade das partículas em variar em média 14 graus Celsius a temperatura da solução, independentemente da concentração utilizada. Os testes in vitro e in vivo mostraram que as partículas não foram citotóxicas e não causaram danos ao tecido subcutâneo, mesmo após o tempo de 1 semana da administração. Estes resultados mostram que a utilização de partículas de vidros de fosfato para o tratamento de câncer pode ser viável, assim com seu potencial para utilização no tratamento de melanoma.