Estabelecimento de um modelo in vitro de metástase cerebral de melanoma para o estudo do nicho pré-metastático e de novas abordagens terapêuticas contra o melanoma

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SANTOS, Renata Virgínia Cavalcanti
Orientador(a): RÊGO, Moacyr Jesus Barreto de Melo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Inovacao Terapeutica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34174
Resumo: O melanoma maligno é um tumor de baixa incidência, mas de alta letalidade entre os pacientes, especialmente por suas características agressividade e capacidade metastática. A metástase cerebral, apesar de não estar entre as mais diagnosticadas, está presente em 70% das autópsias de melanoma. O melanoma é significativamente resistente aos tratamentos existentes na clínica, resultando em altos índices de recidivas. A busca por novas abordagens terapêuticas, bem como o desenvolvimento de um modelo in vitro para o estudo da metástase cerebral de melanoma, foram os objetivos propostos por esse trabalho. A importância do microambiente foi validada pela modulação diferencial que as células cerebrais corticais mistas e os astrócitos isolados promoveram no perfil de expressão dos fatores de transcrição (MITF e BRN2) controladores do processo metastático, em três linhagens de melanoma. Enquanto os astrócitos foram responsáveis pela redução do MITF, as células mistas aumentaram a expressão do BRN2, o qual é um dos principais reguladores da expressão do MITF. Por outro lado, fatores solúveis astrocitários induziram significativamente processos como proliferação e migração tumoral nas três linhagens de melanoma, mais do que as células mistas, também seletivamente. Em paralelo, o derivado imidazacridínico AC05 foi citototóxico contra a linhagem UACC62 (IC₅₀ = 28,29 ± 0,6μM), in vitro, além de induzir a expressão de supressores tumorais, como PAR-4 e BID. Em um modelo de xenoenxerto, o AC05 promoveu uma redução significativa de 82% no peso tumoral e de 55% no volume tumoral, gerando ainda a formação de áreas de morte celular. O tratamento com AC05 no modelo de metástase cerebral de melanoma ainda mostrou a redução de marcador proliferativo KI67 e translocação do supressor tumoral PAR-4 dentro da célula de melanoma para sua forma ativa. Assim, mostrou-se o desenvolvimento de um novo derivado imidazacridínico com promissora atividade antitumoral, bem como um modelo para o estudo do fenômeno da metástase cerebral de melanoma in vitro como nova ferramenta terapêutica.