Escalonamento comparativo de diferentes dores nociceptivas e neuropáticas, por meio de métodos psicofísicos variados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Hortense, Priscilla
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-19102007-112459/
Resumo: O objetivo geral deste estudo foi escalonar os diferentes tipos de dor, comparativamente entre si, por meio de diferentes métodos psicofísicos e diferentes amostras. Os objetivos específicos foram: comparar o escalonamento dos diferentes tipos de dor entre as diferentes amostras; comparar as escalas derivadas de julgamentos ordinais com as escalas derivadas dos julgamentos de razão; verificar por meio da comparação entre as estimativas de magnitudes e as estimativas de categorias se o contínuo intensidade de dor tem características protéticas ou metatéticas; verificar se a variabilidade das estimativas de magnitudes, de categorias e de comprimento de linhas, é uma função linear das médias geométricas dessas estimativas, ou seja, seguem a Lei de Ekman; validar a escala de razão derivada para o contínuo não métrico de intensidade dos diferentes tipos de dor por meio do método de emparelhamento intermodal; verificar se a variabilidade das estimativas de categorias expandidas aumenta linearmente em função do aumento das estimativas de categorias, tal como ocorre com as estimativas de magnitude; verificar se as ordenações dos diferentes tipos de dor derivadas dos respectivos métodos psicofísicos são similares entre si. Para atingir os objetivos foram realizados 3 experimentos, cada experimento utilizou diferentes métodos psicofísicos: Experimento 1 - Comparação entre os métodos psicofísicos escalares de estimação de magnitude, estimação de categorias e estimação de postos; Experimento 2 - Validação da escala de razão dos diferentes tipos de dor por meio do método de estimação de magnitude e de emparelhamento intermodal com a modalidade de resposta comprimento de linhas; Experimento 3 - Comparação entre os métodos psicofísicos escalares de estimação de magnitude e estimação de categorias expandidas. Participaram do estudo 90 pacientes ambulatoriais de diferentes clínicas, 90 médicos e 90 enfermeiros, sendo 30 de cada grupo que participaram de cada Experimento. Os participantes avaliaram, de acordo com cada método psicofísico, o grau de intensidade de dor, comparativamente entre 20 diferentes tipos de dor. Os resultados foram: 1)A Dor no Câncer, a Dor por Infarto do Miocárdio, a Dor por Cólica Renal, a Dor por Queimadura e a Dor no Parto foram considerados os tipos de dor de maior intensidade, independente do método psicofísico utilizado ou da amostra estudada; 2) Há divergências na percepção das intensidades de alguns tipos de dor, estas divergências foram observadas principalmente entre profissionais e pacientes (médicos-pacientes, enfermeiros-pacientes); 3)As ordenações de posições da intensidade dos diferentes tipos de dor, comparando os diferentes métodos psicofísicos utilizados, resultaram em níveis de concordância significativa; 4)O contínuo não métrico de intensidade dos diferentes tipos de dor, possui características protéticas, ou seja, a percepção da intensidade de um tipo de dor aumenta à medida que se percebe esta com maior intensidade; 5)A variabilidade das respostas dos sujeitos (estimação de magnitudes) foi maior quanto mais intenso foram julgados os diferentes tipos de dor, ou seja, segue a Lei de Ekman; 6)A relação entre as estimativas de magnitudes e as estimativas de emparelhamento de comprimento de linhas é uma função de potência e a escala dos diferentes tipos de dor é válida, estável e consistente.