Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Valentin, Livia Stocco Sanches |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5152/tde-16032015-152134/
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Resumo: |
Introdução: Disfunção cognitiva pós-operatória (POCD) é um evento adverso multifatorial mais frequente em pessoas com idade superior a 60 anos ou doenças neurológicas e psiquiátricas. Este estudo avaliou o efeito da dexametasona sobre a incidência de POCD em idosos após cirurgia não cardíaca sob anestesia geral. Métodos: Cento e quarenta pacientes (ASA I-II, idade 60-87 anos) participaram deste estudo prospectivo, randomizado, envolvendo a administração ou não de 8 mg de dexametasona IV antes da indução anestésica para anestesia geral profunda ou superficial de acordo com o índice bispectral. Os testes neuropsicológicos foram aplicados no pré-operatório e em 3, 7, 21, 90 e 180 dias após a cirurgia e comparados com os dados normativos. Enolase específica do neurônio e S100beta foram avaliados antes e 12 horas após a indução da anestesia. A regressão linear com inferência baseada no método de equações de estimação generalizadas (GEE) foi aplicado, seguido pelo teste post-hoc de Bonferroni, considerando P <0,05 como significativo. Resultados: No terceiro dia pós-operatório, POCD foi diagnosticada em 25,2% dos pacientes que receberam a dose de dexametasona e anestesia profunda, 15,3% nos pacientes que receberam a dose da dexametasona e anestesia superficial, 68,2% do grupo de anestesia profunda e 27,2% do grupo de anestesia superficial (p < 0,0001). Os testes neuropsicológicos demonstraram que a anestesia superficial e a dose de dexametasona antes da indução anestésica diminuiu a incidência de POCD, especialmente para as funções memória e atenção e para a função executiva. A administração de dexametasona preveniu o aumento nos níveis séricos de S100beta no pós-operatório (p < 0,002) bem como está relacionado com uma diminuição significativa nos níveis séricos de enolase específica de neurônio (NSE) (p < 0,001). A memória imediata apresentou diferença entre pacientes com e sem alelo APOe4 (p = 0,025) independente do momento de avaliação. A memória de longo prazo apresentou alteração ao longo dos momentos de avaliação em pacientes com e sem a presença do APOe4 (p = 0,006 e p = 0,017 respectivamente). Pacientes com o alelo APOe4 apresentaram maior percentual de disfunção para memória imediata que os pacientes sem o alelo (p = 0,003). Os pacientes sem o alelo APOe4 apresentaram redução de disfunção para o processo de flexibilidade mental após 180 dias quando comparado aos demais momentos (p < 0,05) e os pacientes com a presença do alelo não apresentaram qualquer alteração estatisticamente significativa (p > 0,999), sendo que após 180 dias os pacientes com o alelo APOe4 apresentaram alteração na função executiva para a flexibilidade mental quando comparados aos pacientes sem o alelo (p < 0,001). Conclusão: A dexametasona pode minimizar a incidência de POCD em pacientes idosos submetidos a cirurgia não cardíaca, especialmente quando associada à anestesia superficial. Efeito da dexametasona sobre os níveis séricos S100beta e NSE pode estar relacionado com algum grau de neuroproteção |