Ensino de arte, educação de surdos e museus: interconexões possíveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Zanellato, Daniella
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-29112016-130436/
Resumo: O ensino da Arte para alunos surdos no Brasil remonta ao período Imperial, por meio do Imperial Instituto de Surdos-Mudos, no Rio de Janeiro. À época, a disciplina de Arte, então nomeada de Desenho, estava incorporada ao currículo, contribuindo para a formação dos alunos surdos. Além disso, presente nas escolas primárias, secundárias e Liceus de Artes e Ofícios, o ensino de Desenho e Arte para surdos acompanhou a tendência da educação nos séculos XIX, XX e XXI. Nas duas últimas décadas, acompanhando o processo de democratização do país, educadores da educação formal e não formal aprofundaram o processo de discussão sobre as bases do ensino da Arte, sustentados pelas proposições da arte/educação e da Abordagem Triangular do ensino da Arte, promovendo reflexões acerca das possibilidades de mediação cultural e social em diferentes espaços educativos para todas as pessoas. Já no início do século XXI, o estreito diálogo entre a escola, o museu e as políticas de inclusão culminaram em ações na perspectiva da educação inclusiva, com vistas a atender aos diferentes públicos e, dentre eles, alunos surdos, estabelecendo novos fluxos e proposições de mediação cultural e ensino da Arte. Diante disso, a presente pesquisa teve por objetivo investigar como se configuram as interconexões na relação entre a escola e o museu de Arte, tendo como foco a educação bilíngue de surdos. As discussões apresentadas encontraram subsídios nos referenciais teóricos apresentados por Barbosa (2008; 2009; 2012; 2012b; 2015), Bourdieu (2007), Bredariolli (2008), Coutinho (2008; 2009; 2013), D´Horta (1995), Falcão (2009), Ferraz e Fusari (2009; 2010), Jannuzzi (2006), Huerta (2010); Lopes (1991), Marandino (2009), Mazzota (2011), Migliaccio (2000), Ott (1989), Richter (2008), Rizzi (2008), Rocha (2007; 2008; 2014), Sarraf (2013), Saviani (2005; 2007), Soares (1999), Silva (2011), Sofiato (2011) Souza (2007) e Tojal (2007; 2014). A pesquisa, de caráter qualitativo, tem por base a análise bibliográfica, além de pesquisa documental e empírica. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas em escolas bilíngues para surdos e Museu de Arte na cidade de São Paulo. Dentre as contribuições para a área, destacamos a compreensão das ressignificações no ensino da Arte na educação de surdos ao longo dos séculos, considerando que na perspectiva inclusiva novas interconexões educativas e culturais vêm sendo ampliadas, favorecendo a acessibilidade cultural e uma aprendizagem em Arte mais significativa a todos.