Sertões de mar a mar: Goyazes em suas filigranas (c. 1726 - 1830)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Moura, Nádia Mendes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-23102018-170716/
Resumo: Por muitos anos, a história que foi contada da Capitania de Goiás se resumia aos feitos heroicos dos bandeirantes, à riqueza do ouro e à decadência que arrasou toda aquela região com o fim do ciclo minerador. Nesta tese, ao abordarmos o processo de urbanização das Minas de Goyaz e das Minas do Tocantins na passagem do século XVIII para o XIX, detectamos que há muito a ser revelado a respeito do discurso da decadência. A diversidade era a tônica da Capitania de Goiás, expressa em sua paisagem, no seu povo e na forma como esses vastos sertões foram sendo apropriados. Sertões de mar a mar, que recebiam gente de todas as partes, atravessando o coração da colônia ou fincando novas raízes. A trama da filigrana, ao mesmo tempo fina, forte, delicada e rebuscada, é uma imagem possível desse emaranhado de vida que animava a capitania e sugere que nem tudo é o que parece ser. O gado coexistindo com as atividades mineradoras e comerciais, a mulher tomando frente pelas estradas dos ermos gerais e uma rede de julgados ditando o tom da urbanidade dos arraiais - essa é a Capitania de Goiás que se revelou para além da decadência.