Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Menezes, Marcelo D. Bezerra de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-28112018-155948/
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Resumo: |
Este trabalho de pesquisa localiza-se no campo temático da formação escolar, na interface com o mundo do trabalho. Assim, foi realizado um estudo qualitativo acerca da relação que os jovens trabalhadores (aprendizes), estudantes do Ensino Médio, estabelecem com os saberes escolares sob a mediação da escola pública estadual paulista. Definiu-se a questão-problema desta pesquisa pela seguinte indagação: como se constitui a relação dos jovens trabalhadoresaprendizes com o saber, num contexto entremeado pela formação escolar de nível médio e o mundo do trabalho? E ainda, de forma complementar: como as perspectivas curriculares oficiais do estado de São Paulo, que informam as práticas pedagógicas desenvolvidas no espaço da escola pública, são interpretadas e ressignificadas por esses jovens em seus processos escolares? Assumiu-se como objetivo contribuir com alguns elementos para o aprofundamento da discussão sobre o problema da formação escolar de massas, em suas articulações, subjetivas e objetivas, com o fenômeno social mais amplo da precarização do trabalho juvenil, no período entre 2008-2015, focalizando a relação dos jovens estudantes aprendizes com os saberes escolares e o mundo do trabalho, a partir da Lei da Aprendizagem, nº 10.097/00. A noção de relação com o saber formulada por Bernard Charlot (2000) embasou a construção do objeto desta pesquisa e funcionou como conceito-guia para interpretar a complexidade das relações de precarização presentes tanto no campo educacional quanto no mundo do trabalho, sob a ótica da juventude que trabalha e estuda. Para analisar as relações entre escola, conhecimento e currículo, foram mobilizados conceitos de autores como Gimeno Sacristán, Michael Young e Dermeval Saviani. Os procedimentos consistiram em análises documentais e bibliográficas, bem como na aplicação de balanço dos saberes e no desenvolvimento de grupo focal. Evidenciou-se nesse processo de pesquisa, que a formação escolar desse segmento social, orientada pela noção de competências, é pautada por uma relação instrumental com os saberes e com a escola, coincidindo em muito com as premissas da formação técnica-profissional, também marcada por uma relação pragmática com os conhecimentos. Nesse sentido, a pesquisa aponta para indícios concretos que confirmam a hipótese inicial, que relaciona essa formação escolar de massas com o fenômeno mais amplo da precarização do trabalho juvenil na contemporaneidade, o que se expressa nas inúmeras dificuldades encontradas por esses jovens para, na escola, acessar o conhecimento que lhes possibilite entender a prática social em sua complexidade. |