Exigências térmicas e monitoramento de Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) (Lepidoptera: Crampidae), como suporte ao seu controle biológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Conti, Bruno Freitas De
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-04072012-110203/
Resumo: O incremento aos programas de bioenergia em nosso país, aponta para uma provável duplicação da área plantada de cana-de-açúcar, num futuro bastante próximo. Neste contexto, a sustentabilidade da cultura deve ser preservada, evitando-se que sejam colocados em risco os avanços obtidos nas últimas cinco décadas no Controle Biológico de suas pragas. Para tanto, são necessárias pesquisas que atendam às necessidade das diversas etapas de um programa de Controlo Biológico. No presente estudo, avaliou-se o uso de temperaturas diferentes para criar cada fase do desenvolvimento de Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794), com o objetivo de fornecer informações importantes para sua criação massal. Avaliou-se também, o raio de ação de uma armadilha contendo fêmeas virgens, a dinâmica populacional de D. saccharalis e o seu desenvolvimento em plantas de cana-de-açúcar, visando desenvolver um modelo de previsão da praga, com vistas ao seu controle biológico pelos parasitoides T. galloi e C. flavipes. As combinações de temperaturas 28°C-25°C-25°C, 28°C-28°C-28°C, 30°C-25°C-25°C e 30°C-22°C- 22°C para criar lagartas, pupas e adultos, respectivamente, destacaram-se das demais por promover rápido desenvolvimento aliado a altas taxas reprodutivas e podem assim, serem utilizadas para a criação massal de Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) e de seu parasitoide Cotesia flavipes (Cameron, 1891). O aumento de densidade de criação de 1 lagarta por tubo para 250 lagartas por frasco, não afetou o desenvolvimento e reprodução de D. saccharalis. Foi possível prever o momento de liberação de C. flavipes em cana-de-açúcar com base em modelos de exigências térmicas, assim como, orientar as liberações de T. galloi ao definir o período de ocorrência dos ovos de D. saccharalis. Os parâmetros climáticos determinaram uma faixa térmica de atuação para as armadilhas contendo fêmeas virgens (temperatura média acima de 24°C), faixa na qual foram observadas altas correlações entre a captura de machos e amostragem de lagartas, realizada 21 dias após a captura dos machos de D. saccharalis. De acordo com a dinâmica populacional de D. saccharalis, foram identificadas quatro gerações ao longo do ciclo da cultura. Para a utilização do parasitoide de ovos T. galloi deve-se usar uma armadilha contendo 4 fêmeas virgens de D. saccharalis para amostrar 12,5 ha, área determinada em função do raio de ação de 200 metros.