Manejo da resistência do ácaro da leprose Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) ao acaricida dicofol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Alves, Everaldo Batista
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20220208-111028/
Resumo: Informações básicas para a implementação de um programa de manejo da resistência de Brevipalpus phoenicis (Geijskes) ao acaricida dicofol foram coletadas neste trabalho. A caracterização da resistência de B. phoenicis susceptível (S) e resistente (R) ao dicofol foi realizada através de um método de bioensaio residual. As CL50s estimadas para as linhagens Se R foram 7,44 µg de dicofol/ml de água destilada [ppm (LA.)] (IC 95% 6,74 - 8,23) e 422,45 ppm (LA.) (IC 95% 369,41 - 482,80), respectivamente. A razão de resistência derivada das CL50s foi de aproximadamente 57 vezes. Concentrações discriminatórias entre 32 e 100 ppm (LA.) foram definidas para um programa de monitoramento da resistência de B. phoenicis ao dicofol. Posteriormente, o custo adaptativo associado à resistência de B. phoenicis ao dicofol foi avaliado em laboratório. Estudos de dinâmica da resistência comprovaram que a resistência ao dicofol é instável; ou seja, a freqüência de resistência diminui significativamente na ausência de pressão seletiva. Comparações de parâmetros biológicos entre as linhagens S e R mostraram que a baixa longevidade e fecundidade da linhagem R foram os principais parâmetros biológicos que afetaram a estabilidade da resistência. Relações de resistência cruzada entre dicofol e os acaricidas óxido de fenbutatina, propargite, fenpyroximate e bromopropilato foram avaliadas. Os resultados indicaram que dentre os acaricidas testados, somente o bromopropilato deve ser evitado em programas de manejo da resistência de B. phoenicis ao dicofol. Foi verificada uma resistência cruzada negativa entre o dicofol e fenpyroximate. E por último, a mistura de dicofol e fenpyroximate foi avaliada para o manejo da resistência de B. phoenicis ao dicofol. Uma interação sinérgica entre dicofol e fenpyroximate foi detectada em laboratório. No entanto, estudos de campo não demonstraram nenhum benefício da mistura no controle da linhagem R de B. phoenicis na dosagem recomendada de 240 g de dicofol/1.000 L de água e 25 g de fenpyroximate / 1.000 L de água.