O que acontece quando a gente canta junto? ou A sensibilidade compartilhada pelo cantar junto: um estudo sobre suas implicações no campo da estética social

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Coelho, Cecilia Maria Valentim Teixeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-11092023-161406/
Resumo: A partilha da sensibilidade pelo cantar junto e suas implicações no campo da Estética Social é o tema deste estudo. Fundamentado na compreensão fenomenológica de Merleau-Ponty e no método fenomenológico, as estratégias para seu desenvolvimento basearam-se na realização de oficinas de canto realizadas no Brasil e em Portugal, nas quais acumulei os papéis de condutora e pesquisadora, em uma agência que me permitiu criar, conjuntamente com os participantes, os caminhos percorridos. Dos relatos de suas experiências, descritos a cada encontro em diários de bordo, colhi os dados e categorias que conduziram a argumentação teórica, tecida a partir das proposições de Arnold Berlant sobre Comunidade Estética e da Estética Social; de Georgina Born para uma Estética Social voltada para arte e suas relações com a música; de Tia DeNora, para o entendimento das relações entre música e saúde; e de Steven Feld, para a apreensão do repertório cantado como uma cartografia poética. Os resultados encontrados contribuíram para a compreensão do campo estético constituído por meio da sensibilidade compartilhada por um cantar em comum, no qual o engajamento sensível pôde ocorrer. Da intercorporalidade e intersubjetividade das vozes que se entrelaçaram no espaço do encontro, emergiram os sentimentos de integração, bem-estar e pertencimento, bem como a aquisição pessoal de recursos para a autorregulação e para a corregulação de uma coletividade criada conjuntamente, assim como o cultivo de um sentido de comunidade, que evidenciaram a prática do canto em conjunto como uma \"Tecnologia do Nós\". Por fim, a formulação da síntese das experiências dos participantes conduziu-me ao Sentido de Liberdade, Sentimento de Conexão e à Liberdade de Conexão, pelos quais arrematei a trama dos argumentos encontrados no âmbito da Estética Social como campo qualitativo das relações humanas.