Continuidade entre estética e investigação na teoria da arte deweyana: a educação entre arte e ciência, valor e método, ou entre o ideal e o real

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Dorsa, Ana Daniele de Godoy
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-22012014-145747/
Resumo: A presente pesquisa, de natureza teórico-filosófica, argumenta descritivamente a teoria estética do filósofo americano John Dewey, em função do seu chamado \"princípio de continuidade\", próprio do sistema filosófico deweyano como um todo. Nessa empreitada, privilegiou-se o recorte da continuidade entre o estético e o científico, ou entre valor e investigação enquanto característica essencial de tal teoria estética. Na observação dos pressupostos filosóficos gerais do filósofo, verificou-se que sua estética se estabelece, necessariamente, em continuidade ao método experimental das ciências naturais, consolidando proposições características essenciais de sua teoria da arte: Dewey crê na supremacia da contingência do processo que é a própria natureza, contínua, cumulativa, em sentido amplo, o que justifica que o ideal deva deixar de ser contemplativo para se converter num instrumental operativo, ou seja, um método experimental em virtude do meio; assim sendo, a estética deweyana deve ser compreendida, principalmente, em seu caráter investigativo, ou seja, em continuidade à ciência; Dewey rejeita os dualismos filosóficos, a metafísica e a epistemologia tradicionais; logo, sua estética desconsidera igualmente qualquer \"transcendental\" ou \"transcendente\" em termos clássicos; portanto, a arte ou estética, seja ela ato expressivo ou cultura, se daria entre diversos ritmos contínuos, nunca dualistas ou hierárquicos, no sentido da busca de um ideal Absoluto. Segundo a estética de Dewey, o valor reside precisamente no ritmo próprio do processo por exemplo: entre tensão e harmonia, comum e extraordinário, real e ideal etc. Dessa articulação ativa entre os vários aspectos em continuidade é que surgiria o ato expressivo, pela experiência singular imaginativa, e a cultura como um todo, mediante a comunicação.