Experiência, filosofia e educação em John Dewey: as muralhas sociais e a unidade da experiência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Cavallari Filho, Roberto [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/96372
Resumo: John Dewey buscou revolucionar a educação escolar por meio de uma reconstrução filosófica e cultural. Ele procurou resolver um problema secular da filosofia: dualidades estabelecidas tanto com o idealismo quanto com o empirismo. E articulou a filosofia da educação em outros termos lógicos, estéticos e morais, priorizando a relação entre filosofia e realidade social. A filosofia de Dewey está amparada no conceito de experiência. Experiência significa mudança, mas teremos uma mudança simplesmente mecânica ou física, avisa Dewey, se não atentarmos aos significados das nossas ações, que emergem do ambiente. Quando estabelecemos uma relação significativa com o ambiente, é sinal de que a experiência se tornou reflexiva. A educação escolar consiste em expandir, enriquecer, fazer crescer os significados da vida. O professor deve se ater ao desenvolvimento individual de cada aluno. Ao professor cabe analisar igualmente o ambiente e as suas direções. Isso implica não apenas a análise e escolha dos melhores métodos de ensino e aprendizagem, mas leva o professor a atentar à sua própria experiência. A sua influência nos hábitos dos alunos suscita problemas de ordem moral e intelectual, impondo o conhecimento moral como uma resposta à separação entre uma formação centrada na aquisição de conhecimentos empíricos e técnicos das ciências exatas, físicas e biológicas e uma formação humanista e racional das ciências humanas, mais voltada para o trabalho conceitual. O método individual deweyano que leva em conta a experiência do professor faz do ensino uma arte. Em face dessa perspectiva pragmatista, concluímos que é possível pensar atualmente a experiência reflexiva deweyana diante do empobrecimento da experiência, contrariando as críticas ao seu pensamento. No presente, é latente a preocupação com o empobrecimento da experiência que transcende...