Dosagens de melatonina e de citocinas de acordo com a via de parto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Beirigo, Priscila Fabiane dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
TNF
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-07032012-151537/
Resumo: Objetivo: Avaliar o perfil de citocinas pró-inflamatórias e de melatonina no cordão umbilical e no sangue materno de gestantes hígidas de acordo com a via de parto. Métodos: Entre março e setembro de 2010, foi realizado estudo observacional prospectivo no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo. Foram dosadas citocinas (IL-1, IL-6, TNF) e melatonina em pacientes sem doenças clínicas ou complicações obstétricas que entraram em trabalho de parto espontâneo. As concentrações de citocinas e de melatonina foram comparadas de acordo com a via de parto, além do período do dia e do local de coleta. O sangue retirado da veia do cordão umbilical (VCU) era obtido imediatamente após o parto, sendo que após uma hora era colhido o sangue da veia braquial materna (VB). Foram excluídas pacientes com infecção, parto prematuro e sofrimento fetal. Resultados: Foram estudadas 50 parturientes, das quais 25 evoluíram para parto vaginal e 25 para cesárea. A idade materna foi em média 26,0 ± 6,7 anos. A idade gestacional no parto foi em média 39,5 ± 1,7 semanas. O peso médio dos recém-nascidos foi 3366,5 ± 340,2 gramas. Todos os casos receberam analgesia durante o parto (analgesia combinada: peridural e raquianestesia). A maioria das pacientes era de nulíparas (31/50 - 62,0%). A duração do trabalho de parto foi semelhante nas pacientes que evoluíram para o parto vaginal (7,6 ± 4,4 horas) e nas que foram submetidas à operação cesariana (8,2 ± 4,4 horas; p=0,87). Houve tendência de níveis mais elevados de melatonina no VCU e na VB em pacientes após parto vaginal, porém sem diferença estatística (p=0,41 e p=0,16). Pacientes que evoluíram para cesariana apresentaram dosagens significativamente maiores de TNF na VB, de IL-1 na VCU e na VB e de IL-6 na VCU que em pacientes que evoluíram para parto vaginal (p= 0,02; p<0,01; p<0,01 e p<0,01; respectivamente). Observou-se variação no ritmo circadiano das dosagens dessas citocinas após cesariana, com correlação significativa entre dosagem de melatonina e de citocinas nessa via de parto. Conclusão: Pacientes submetidas à operação cesariana apresentaram tendência a redução da secreção de melatonina, com aumento significativo da secreção de citocinas pró-inflamatórias, o que pode ser conseqüência do processo inflamatório relacionado ao estresse cirúrgico