O lugar do ser: espaço e lirismo em Sophia de Mello Breyner Andresen

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Felizardo, Alexandre Bonafim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-20082012-120435/
Resumo: Para a poeta portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen, o espaço existencial do homem tornou-se um centro gerador da escritura, um fundamento para a criação poética. A espacialidade criada pela linguagem serve como um ponto catalisador, base pela qual a poeta explicita um fecundo mergulho no mundo, em que seres e coisas são captados por um vislumbre lírico de êxtase e paixão. Com efeito, o real, em sua aparição epifânica, ganha uma aura de encantamento, pela qual a voz lírica se conjuga no mundo, formando um verdadeiro tecido inconsútil. Assim, dessa intensa relação com os espaços, nasce uma aguda consciência dos limites humanos e de nossa condição histórica. Diante de um mundo em ruínas, a poeta irá empreender um canto de resistência, denunciando, principalmente nas cidades reificadas, a crescente desumanização do homem. Tanto a espacialidade é fundamental na obra de Sophia, que podemos dizer que sua escrita é uma topoiesis ou topoética. Dessa forma, para a escritora portuguesa, o ser do homem traduz-se, liricamente, pelo estar no mundo.