Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Helba |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-15082016-114120/
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Resumo: |
A proposta desta tese é analisar, na trajetória do poeta Ferreira Gullar, a presença constante e cada vez mais frequente de metapoemas que sistematizam uma noção de poesia na qual se destaca, entre os diferentes ethé presentes, um ethos professoral, com discurso marcadamente filosófico: o enunciador argumenta, explica, critica e ensina. A teoria utilizada para a análise do corpus, composto de doze poemas, pautou-se na estilística-discursiva, mais especificamente, a relação entre os recursos linguísticos utilizados (sonoros, lexicais, sintáticos, semânticos) e os efeitos de sentido produzidos no plano da enunciação e do discurso. Para os estudos estilísticos (a noção de estilo) e da enunciação, foram consideradas as teorias de Charles Bally (1951), Mattoso Câmara (1961, 1973, 1977), Mikhail Bakhtin (2002, 2003, 2013), Sírio Possenti (2000, 2001), Nilce Sant´Anna Martins (1989) e Émile Benveniste (2006). Para a Análise do Discurso de linha francesa, são discutidos os conceitos de Dominique Maingueneau (1993, 2008, 2011), especialmente sobre ethos discursivo e cenografia. Finalmente, para as considerações sobre a metalinguagem/ metadiscurso e argumentação, presentes nos poemas metalinguísticos, são citados os estudos de Roman Jakobson (1990, 2004, 2007), Samira Chalhub (2002), Sírio Possenti (2000, 2001), Ruth Amossy (2005, 2007, 2011), José Luiz Fiorin (2004, 2015) e Ingedore Koch (2003, 2004, 2007). A partir da análise do corpus, torna-se possível concluir que, na medida em que o militante marxista morre na poesia gullariana, ganham mais voz o crítico de arte e o filósofo Ferreira Gullar. Nesse sentido, o ethos professoral se faz presente e permite refletir sobre o tom didático dos poemas, na forma como ensinam sobre o gênero e o fazer poético. Partiu dos próprios poemas analisados a motivação para a atividade didática proposta no capítulo final. |