Análise da conformidade dos atendimentos segundo Protocolo de Manchester em um Serviço de Urgência e Emergência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rinaldi, Marília Lelé
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22134/tde-22102019-192817/
Resumo: Os serviços de urgência e emergência são um importante componente da assistência à saúde, mas a superlotação é o retrato do desequilíbrio entre a oferta e a procura. A avaliação do acolhimento com classificação de risco se apresenta como uma ferramenta que busca melhorar a qualidade e a segurança aos usuários e profissionais de saúde desse serviço, sendo recomendado o uso de protocolos preestabelecidos e validados para realizar a classificação de pacientes confere segurança tanto ao paciente quanto ao profissional de saúde. Na prática diária do enfermeiro que atua no setor de urgência e emergência, muitos são os momentos, durante a classificação de risco, em que o tempo não se faz suficiente para reconhecer a real demanda do cliente, seja decorrente do volume de pacientes e tipologia dos mesmos, seja pela dificuldade do protocolo de não permitir a identificação do fluxograma mais adequado. Esse estudo teve como objetivo identificar a conformidade dos atendimentos de pacientes classificados como urgentes pelo Protocolo de Manchester e o desfecho clínico. Estudo descritivo retrospectivo, quantitativo realizado no Serviço de urgência e emergência de um hospital geral, de grande porte e referência regional para atendimento de urgência e emergência, de uma cidade no interior de São Paulo. Os dados foram coletados de prontuários eletrônicos, no mês de junho/2017, e os atendimentos realizados aos pacientes classificados na cor amarela (urgentes) totalizaram 1.822 (42,7%), dos quais 954 atenderam ao critério de inclusão para o estudo. Dos prontuários analisados, 507 eram do sexo feminino e 69% (658) dos pacientes tinham menos de 60 anos de idade, com mediana de idade de 46 anos. O período de maior procura por atendimento correspondeu ao período diurno (das 7 às 19 horas), equivalente a 66,2% (632) dos atendimentos. O tempo mediano de espera entre a retirada da senha e o início da classificação de risco foi de 11 minutos; já o tempo mediano referente à duração da classificação de risco foi de 3 minutos; a mediana para o atendimento médico após a saída da classificação de risco foi de 5 minutos e o tempo mediano para finalização do desfecho médico foi de 142 minutos. Na análise dos desfechos, observou-se que 91% (868) dos pacientes desse grupo receberam alta após atendimento médico. A queixa mais prevalente foi de \"problemas em extremidades\" e o discriminador foi \"dor moderada\". A mediana de pacientes classificados por hora entre os enfermeiros foi de 13 pacientes, como sugerido pelo Protocolo de Manchester, e a concordância entre a classificação do paciente urgente feita pelo enfermeiro do serviço de urgência e emergência e pelo pesquisador foi de 84% (802). Este estudo identificou que os tempos de atendimentos para o grupo de pacientes classificados como urgentes foram considerados de acordo com a recomendação do protocolo. Um dos maiores desafios nos serviços de urgência e emergência refere-se a uma qualificação do processo de trabalho, de modo a garantir melhoria do cuidado prestado, redução dos tempos de espera para atendimentos e satisfação dos pacientes