Avaliação do processo de reparo de incisões realizadas em tecido cutâneo de ratos e submetidas a laser terapêutico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Borgo, Marcela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25147/tde-18082010-093650/
Resumo: O laser de baixa potência tem sido utilizado após procedimentos cirúrgicos visando acelerar o processo de reparo tecidual. No entanto, embora esse tipo de tratamento ofereça pouco ou nenhum risco à saúde do paciente, sua eficácia ainda é controversa na literatura. Este estudo foi desenvolvido para avaliar o efeito do laser de baixa potência (100 mW) sobre o processo de reparo de incisões cutâneas em dorso de ratos. Incisões de 2 cm de extensão foram confeccionadas no dorso de cinquenta e seis ratos Wistar. Após a sutura, metade dos animais recebeu laser de baixa potência em 3 pontos de aplicação, um no centro e um em cada extremidade da ferida. Em cada ponto, foi administrada uma dose de 35 J/cm2 (laser de InGaAlP, 660 nm, vermelho visível). A outra metade dos animais serviu como controle. Os tecidos incisados foram avaliados microscopicamente, de forma descritiva, em períodos de 6 horas, 2, 7 e 14 dias, levando em consideração o aspecto do revestimento epitelial e do tecido conjuntivo e a magnitude da resposta inflamatória, quando presente. Para os dois primeiros períodos, foi feita também uma avaliação morfométrica, que mensurou a densidade de fibroblastos, fibras colágenas, vasos sanguíneos e células inflamatórias no tecido conjuntivo. Na análise descritiva, as maiores diferenças foram encontradas no período de 6 horas, seguido pelo de 2 dias. Em 6 horas, o grupo tratado com laser apresentou menor resposta inflamatória que o controle e, em alguns espécimes, foi possível evidenciar início de proliferação das células do epitélio nas bordas da ferida. Em 2 dias, alguns espécimes do grupo controle ainda apresentavam células inflamatórias remanescentes, não evidenciadas no grupo laser. Nesse período, foi possível evidenciar também, em alguns espécimes do grupo laser, proliferação de fibroblastos junto às bordas da ferida. Nos períodos de 7 e 14 dias, não foram encontradas diferenças entre os grupos. Na análise morfométrica, a densidade de fibras colágenas e vasos sanguíneos foi maior para o grupo laser do que para o grupo controle em ambos os períodos avaliados, com diferença estatisticamente significante. Com base nos resultados obtidos, concluiu-se que o laser de baixa potência foi capaz de controlar a resposta inflamatória e estimular o processo de reparo tecidual em feridas cutâneas em dorso de ratos.