Avaliação volumétrica dos côndilos mandibulares, de indivíduos em crescimento, submetidos à expansão rápida da maxila

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Mendes, Wendes Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58138/tde-05122022-111150/
Resumo: A expansão rápida da maxila (ERM) é o procedimento de eleição para o tratamento da mordida cruzada posterior esquelética. Pode ser realizada por meio de aparelhos dentossuportados, dentomucossuportados ou com ancoragem esquelética. Por se tratar de uma técnica com finalidade ortopédica, emprega-se força de alta magnitude visando à ruptura da sutura palatina mediana, desta forma, aumentando a largura transversal da maxila. A carga gerada durante a ERM é dissipada pelos ossos do neurocrânio e da face, podendo chegar até estruturas que não se articulam diretamente com a maxila, como o côndilo da mandíbula. Neste estudo, buscou-se avaliar o volume dos côndilos mandibulares de 27 pacientes, com idades entre 7 e 15 anos, de ambos os gêneros, que foram submetidos à ERM com dois tipos de aparelhos disjuntores: HAAS e HYRAX. A avaliação se deu por meio de tomografias computadorizadas de feixe cônico em dois tempos, T1: antes da ERM, na consulta de instalação do aparelho e T2: 1 ano após o procedimento de ERM. Por meio do Software ITK-SNAP as imagens tomográficas passaram pelos métodos de segmentação semiautomática e manual, ao final, geraram modelos de superfície 3D, os quais possibilitaram a leitura dos volumes condilares em mm3 pelo próprio programa. Foram realizadas avaliações comparativas onde se confrontou os lados direito e esquerdo dos côndilos de forma independente, a saber: I) quanto ao tipo de aparelho utilizado (HYRAX ou HAAS); II) quanto ao gênero e III) quanto ao lado (direito ou esquerdo), sem considerar o dimorfismo sexual. Utilizou-se o teste t pareado após aplicação do teste de normalidade Shapiro-Wilk. O nível de significância foi estabelecido em 5%. Como resultado, observou-se que os côndilos mandibulares do lado direito dos indivíduos tratados com o disjuntor de HYRAX apresentaram aumento significativo de volume em T2 (p<0,05). Observou-se também que pacientes do gênero feminino apresentaram ganho significativo de volume nos côndilos do lado esquerdo em T2 (p<0,05). Na análise dos côndilos direito e esquerdo, desconsiderando o dimorfismo sexual e a terapêutica empregada, verificou-se maiores valores de volume condilar em T2 para ambos os lados, porém sem diferença estatística. Infere-se a partir dos resultados obtidos que indivíduos em crescimento tratados com disjuntores para a expansão rápida da maxila, apresentaram ganho de volume condilar embora submetidos às grandes forças liberadas frente à terapêutica utilizada.