Padrão de consumo de bebidas alcoólicas entre universitários da área da saúde de uma faculdade do interior do Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Ribeiro, Elaine
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-26062007-133717/
Resumo: A preocupação com o uso do álcool entre universitários é evidente em várias partes do mundo. Diversos estudos mostram que o uso e abuso dessa substância vêm aumentando em ritmo acelerado. Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo identificar o padrão de consumo de álcool e suas conseqüências entre universitários da área de saúde de uma Faculdade privada do interior do estado de São Paulo. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório com uma amostra de 1007 estudantes universitários. Para a coleta de dados, utilizou-se um questionário auto-aplicável, contendo três partes: a primeira referente aos dados sóciodemográficos, a segunda refere-se ao padrão de consumo de álcool e a terceira refere-se aos problemas vivenciados por essa população após beber. Entre os resultados estão que a maioria dos estudantes pertence ao sexo feminino 84%, estado civil solteiro 85,1%, com idade entre 18 e 25 anos 79%, provenientes de outras cidades 62,6% e 60,0% referiram não trabalhar. A maioria dos estudantes pertence ao curso de enfermagem 24,2% e em relação ao ano do curso, 30,3% são calouros. Quanto à moradia, 75,1% referiram morar com a família. No que se refere ao tipo de religião 64% afirmaram ser católicos e 67% referem que a religião é muito importante em suas vidas. Em relação ao consumo de álcool, 64% fazem uso de baixo risco, incluindo os abstêmios 11%, enquanto que 20% são bebedores de risco moderado e 5% bebedores de alto risco. A análise de associação demonstrou que o consumo de álcool é maior entre o gênero masculino, na faixa etária entre 18 e 25 anos, entre os casados, entre aqueles que tiram notas baixas em relação à média, entre os que moram sem a família, e entre aqueles que não pertencem a nenhum tipo de religião. O aparecimento de náuseas, vômito e ressaca, o fato de dirigir após beber ou dirigir bebendo, perder aulas por estar passando mal, ?matar aulas? após beber demais, apresentar problemas com a lei ou com a administração da faculdade por beber, tirar notas baixas, a freqüência que fuma, ser criticado por beber, brigar após beber ou ainda apresentar qualquer tipo de comportamento negativo por beber, foi encontrado com maior freqüência entre os universitários que apresentaram um maior consumo de álcool. A bebida de maior consumo foi a cerveja. Esses resultados nos evidenciam a importância do planejamento de estratégias de cunho preventivo no âmbito universitário, na tentativa de detectar precocemente aqueles com potencial para o abuso e possíveis problemas relacionados ao consumo dessa substância.