Desempenho de atividades e imagem corporal: representações sociais de um grupo de mulheres com câncer de mama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Kebbe, Leonardo Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-07052007-101948/
Resumo: Este estudo teve como objetivo conhecer as representações sociais de mulheres tratadas por câncer mamário acerca da imagem corporal e suas repercussões no desempenho ocupacional. O referencial teórico utilizado foram as Representações Sociais na perspectiva das Ciências Sociais. Participaram deste estudo oito mulheres submetidas a diferentes modalidades cirúrgicas, como mastectomia, quadrantectomia e nodulectomia. Os dados foram coletados por meio de quatro encontros grupais elaborados para a discussão dos seguintes temas: 1) corpo e cirurgia; 2) corpo e atividades da vida diária; 3) corpo e trabalho e 4) corpo e lazer. Para a análise dos dados foi utilizada a técnica de análise temática de conteúdo, que possibilitou a emergência de duas categorias de análise: 1) corpo e tratamento, em que as mulheres representaram alterações na aparência do corpo, corpo limitado e sentimentos de fragilidade e revolta, independentemente da modalidade cirúrgica a que foram submetidas; 2) corpo e fazer, em que as mulheres representaram alterações no desempenho de atividades da vida diária, da produtividade e do lazer. As dificuldades associadas à realização das atividades assinalaram para a presença de uma imagem corporal distorcida mediante a percepção de um corpo modificado em sua aparência e funcionalidade, levando as mulheres a sentirem-se incapazes, denotando o câncer de mama como uma doença estigmatizante. Os dados evidenciaram que a continuidade das atividades se fez para a desconstrução do estigma da doença e para a manutenção dos papéis sociais das mulheres, predominantemente associados aos cuidados do lar e de familiares, revelando valores assimilados por elas de uma sociedade pautada em uma cultura androcêntrica.