Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Torricelli, Aline Kuhl |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-10032022-101059/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A síndrome antifosfolípide (SAF) é uma trombofilia adquirida que afeta indivíduos jovens produtivos causando dano permanente e impacto negativo na qualidade de vida. Recentemente, foi desenvolvido um índice de dano específico para síndrome antifosfolípide trombótica (DIAPS). No entanto, não existem dados referentes à comparação do dano medido pelo DIAPS na síndrome antifosfolípide primária (SAFP) e na SAF secundária (SAFS). OBJETIVO: Comparar a cinética do dano medido pelo DIAPS em pacientes com essas condições. MÉTODOS: Trata-se de uma análise retrospectiva de uma coorte de centro terciário seguida por aproximadamente 9 anos, utilizando um banco de dados padronizado de prontuário eletrônico. Cinquenta pacientes com SAFP, pareados com cinquenta pacientes com SAF secundária ao lúpus eritematoso sistêmico (LES), foram selecionados consecutivamente para o estudo. O DIAPS foi calculado uma vez por ano durante o acompanhamento até a última avaliação. Dano durante o acompanhamento e sua cinética foram comparados em ambos os grupos. RESULTADOS: SAFP e SAFS apresentaram idade no momento do estudo (47,10 ± 12,4 vs. 44,04 ± 10,80 anos, p = 0,19), tempo de seguimento no serviço (9,40 ± 3,60 vs. 10,94 ± 4,50 anos, p = 0,06) e no estudo (8,46 ± 0,97 vs. 8,72 ± 0,75, p=0,13) comparáveis. No diagnóstico, o grupo SAFP apresentava DIAPS maior que o SAFS (1,72 ± 1,17 vs. 0,82 ± 0,96, p < 0,001). Ao final do acompanhamento, os dois grupos apresentaram escores médios comparáveis de dano (2,33 ± 1,77 vs. 1,96 ± 1,65, p = 0,34). O incremento de dano durante o período de observação para o SAFP foi de apenas 35%, enquanto para o SAFS foi gradual, persistente e atingiu 139% no final do acompanhamento, com um incremento total de dano para o SAFP menor que o grupo SAFS (0,5 ± 0,86 vs. 0,94 ± 1,37, p < 0,001). Ressalta-se que a frequência de indivíduos que adquiriram dano foi menor no grupo SAFP do que no grupo SAFS (32% vs. 72%, p < 0,001). CONCLUSÃO: Um padrão distinto de dano entre SAFP e secundária foi identificado. O dano na SAFP é um evento precoce, enquanto o SAFS está associado a um maior dano a longo prazo, com um importante incremento de dano ao longo do acompanhamento |