Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Munhoz, Solange Chagas do Nascimento |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-13082007-140216/
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Resumo: |
Este trabalho dedica-se à leitura comparada de três obras contemporâneas que versam sobre o tema do exílio: as argentinas La casa y el viento (1984), de Héctor Tizón, e En estado de memoria (1990), de Tununa Mercado; e a brasileira Rabo de foguete. Os anos de exílio (1998), de Ferreira Gullar. Nosso objetivo é delimitar a configuração de uma voz narrativa que conta uma experiência de exílio que, para tanto, move-se entre estratégias de autorepresentação vinculadas à autobiografia e, ainda, à ficção. Para levar a cabo nosso estudo, partimos de um breve panorama histórico das últimas ditaduras da Argentina e do Brasil que nos ajuda na aproximação ao tema do exílio explorado nas três obras, isto é, o exílio como uma experiência ligada aos processos políticos desses países que, na sua dimensão subjetiva, significa perdas, fissuras, identidades em crise. Logo, procuramos demonstrar que, nas três obras, a negatividade dessa experiência compromete a possibilidade de narrar os eventos de modo linear e estável, afetando, por um lado, a construção dos textos como relatos autobiográficos nos moldes canônicos, e, por outro, a construção fictícia dos acontecimentos, uma vez que a experiência está diretamente relacionada com a vida de Héctor Tizón, Tununa Mercado e Ferreira Gullar. Interessa-nos o percurso que realizam os narradores para contar sua história, marcado por uma zona de instabilidade da enunciação que se propaga por todas as categorias dos relatos (tempo, espaço e personagens) e questiona a definição de gênero. |