O médico da cultura: a primeira saúde de Nietzsche

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Souza, Pedro Nagem de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-06102022-203336/
Resumo: O presente trabalho pretende analisar os conceitos de Saúde, Maneira de Viver e Gosto a partir do texto A Filosofia na Era Trágica dos Gregos (1873) de Friedrich Nietzsche, inserindo-os no contexto da problemática da cultura desenvolvida pelo filósofo na primeira fase de seu pensamento. Pretendo demonstrar como a figura do médico do povo, ao propor a unificação dos impulsos vitais sob um estilo artístico, é o que organiza as articulações conceituais dos textos que pertencem ao chamado Ciclo Extemporâneo (As obras entre o Nascimento da Tragédia e Humano, Demasiado Humano). Partindo do prefácio da Era Trágica, a Parte I mostra a crítica nietzschiana do critério de verdade na análise dos sistemas filosóficos antigos, crítica esta que tem por base uma noção de Filosofia como Maneira de Viver. Em seguida, abordando diversos textos anteriores e posteriores, pretendo demonstrar como a noção de Saúde, relacionada à noção kantiana de conformidade-a-fins, comanda o desenvolvimento das reflexões de Nietzsche sobre Cultura, Valor, História e Filosofia. A Parte II faz uma análise detalhada dos capítulos seguintes da Era Trágica para poder acompanhar, por um lado, o que Nietzsche entende por Filosofia neste período, e por outro, a noção de justificação da Filosofia pelo critério salutar, que tem na noção de Gosto Filosófico seu ponto de chegada