[pt] AS MUTAÇÕES DE DIONISO EM NIETZSCHE: DA VISÃO DIONISÍACA DE MUNDO AO GÊNIO DO CORAÇÃO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: MICAEL ROSA SILVA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=36825&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=36825&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.36825
Resumo: [pt] Esta tese tem como objeto de estudo as múltiplas formas que o símbolo Dioniso assume ao longo do pensamento nietzschiano. Podemos dizer que Dioniso acompanha Nietzsche durante toda sua produção intelectual, prefigurando a imagem mais importante de sua obra, se relacionando direta ou indiretamente com todos os grandes temas de sua filosofia. No entanto, o significado de Dioniso não é o mesmo durante toda a filosofia nietzschiana; pelo contrário, sua significação sofre uma radical transformação. Primeiramente, Nietzsche encontra em Dioniso, e em seu oposto Apolo, a chave para compreender a visão de mundo dos gregos antigos, e com isso, o meio para decifrar a própria existência. Em seus primeiros escritos, que compreendem a fase conhecida como metafísica do artista, o dionisíaco é essencial para elaboração de uma teoria estética que reconhecia no elemento musical das tragédias gregas o momento de superioridade da cultura ocidental. Todavia, o filósofo rompe com seus próprios preceitos, suspende temporariamente as menções a Dioniso e inicia a elaboração de uma filosofia trágica, isto é, combatente a toda forma de negação da vida. O segundo Dioniso renasce na obra nietzschiana despido de qualquer roupagem metafísica; o dionisíaco passa a ser ligado à imanência, aos instintos e, fundamentalmente, à afirmação da existência e ao louvor do instante. Sabendo disso, nosso trabalho divide-se em quatro partes que, juntas, formam um todo, uma verdadeira tragédia nietzschiana: primeira parte, quem era o deus antigo Dioniso; segunda, quais são os desdobramentos filosóficos de O Nascimento da tragédia; terceira, o que vem à cena, enquanto Dioniso se cala; e por fim, quais as nuances do Dioniso renascido e qual sua importância, segundo Nietzsche, para a cultura e para a vida.