Alteridade à margem: estudo de As Noites Marcianas, de Fausto Cunha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Giroldo, Ramiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-09012013-144133/
Resumo: O trabalho tem como objeto de estudo o volume de contos As Noites Marcianas (1960), de Fausto Cunha. Os contos serão lidos como uma tentativa de abordar, no plano estético, tensões entre a produção literária acolhida pelo cânone e a que não o é. Há o interesse de abordar a própria categorização genérica que cabe à obra como uma forma de alteridade, às margens da literatura oficialmente aceita como tal. No intuito de avaliar a opção por uma filiação genérica à ficção científica em contos que, tematicamente, parecem voltar um olhar negativo à uniformização do indivíduo conforme promovida pelas forças dominantes, o trabalho se ampara em proposições de Darko Suvin acerca do potencial subversivo da ficção científica e da cooptação pela indústria cultural de manifestações literárias a princípio passíveis de questionar os parâmetros da literatura oficialmente endossada. O conceito de alteridade é, no trabalho, discutido em relação com o familiarmente estranho, o efeito de unheimlich proposto por Sigmund Freud. À luz de proposições de Florestan Fernandes em Mudanças Sociais no Brasil, será avaliado o olhar que os contos, tanto internamente quanto no contexto de produção e recepção, voltam às instâncias conservadoras e às forças que procuram subvertê-las.