Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Carlos Antonio Carneiro
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Orientador(a): |
Gomes, Antonio Máspoli de Araújo
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/25588
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Resumo: |
Fausto: o poder de um mito. O mito traz em si poder transformador. Nele reside a possibilidade de restaurar ou de destruir, pois é próprio do mito nunca deixar as coisas do jeito como elas estão. Assim é o mito do Doutor Fausto, cujo legado urde como constructo da representação do homem moderno e, ao mesmo tempo, da fúria avassaladora da racionalidade sem alma e sem coração própria de nossa sociedade contemporânea. Suas origens são perfeitamente sondáveis, pois trata-se de um mito moderno e, mais, um mito vivo e pulsante. À figura histórica de Johann Georg Faust agregam-se, na Alemanha do século XVI, características bastante peculiares de homens como Agrippa von Nettesheim e Paracelso, ambos alquimistas e seus contemporâneos, gerando o substrato lendário do mito. Após a publicação do Faustbuch (1587), registro não totalmente verídico acerca das façanhas e profanidades de Georg Faust, o mito incipiente chega à Inglaterra agregando desta vez traços personais do mago elizabetano Doutor John Dee. Dessa mescla entre o mito alemão e o mago inglês nasce o Fausto literário por meio da peça escrita entre 1588 e 1589 por Chistopher Marlowe, A Trágica História do Doutor Fausto. Popularizada, a história ganha as feiras européias adaptada para o teatro de marionetes. E, foi assim nesse formato que o mito chegou ao conhecimento de Johann Wolfgang von Goethe, poeta alemão. Autor de Fausto: uma tragédia, partes I e II (1808 e 1832), Goethe foi responsável pela consolidação e universalização do mito, sendo considerado seu principal expoente. Trabalho de toda uma vida, o Fausto de Goethe foi amplamente explorado por Carl Gustav Jung, fazendo parte considerável de seus estudos sobre a psicologia arquetípica do inconsciente. É justamente essa relação arquetípica entre o mito do Doutor Fausto e o modelo weberiano de racionalidade protestante, com a religião contemporânea da opulência, o mote deste trabalho. |