Uso de células estromais da medula óssea para celularizar aloenxertos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rocha, Leonardo Rosa da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-29062023-140430/
Resumo: Perdas de tecido ósseo e distúrbios da consolidação são graves lesões musculoesqueléticas que acometem um crescente número de pacientes nos últimos anos. Quando estas condições são tratadas através de transplantes ósseos, o sucesso na reconstrução óssea depende das propriedades osteogênicas, osteocondutoras e osteoindutoras do transplante. O padrão-ouro é o autoenxerto, que porém é limitado pela disponibilidade, morbidade e risco de infecção. Na busca de estratégias terapêuticas alternativas para melhorar a regeneração óssea, o uso de aloenxertos vem sendo uma opção, apesar da baixa capacidade de osteoindução e osteogênese. As células estromais da medula óssea, conhecidas pelo potencial osteogênico intrínseco, são alvo de diversos estudos na bioengenharia de tecidos. Considerando que a associação das BMSCs ao aloenxerto poderia reproduzir um material biologicamente semelhante ao enxerto ósseo autólogo, o presente estudo avaliou o potencial regenerativo dos aloenxertos celularizados com BMSCs expandidas in vitro através de ensaios de adesão, viabilidade, mineralização in vitro e neoformação óssea in vivo. Obtivemos um rendimento médio de 34,25 ± 10,99 × 106 células com uma viabilidade média de 94,77% ± 2,34%. Confirmamos a caracterização das BMSCs pela citometria de fluxo e ensaio de diferenciação nas linhagens da natureza mesodérmicas. Os aloenxertos avaliados pela histologia, MEV e quantificação de DNA, apresentaram ótimos resultados na descelularização. Nos ensaios in vitro de viabilidade, adesão, proliferação e mineralização, observamos um excelente rendimento do grupo do aloenxerto celularizado com BMSCs, superior ao grupo controle com β-TCP celularizado. Esta superioridade foi confirmada na avaliação do potencial osteogênico in vivo e comprovada pela análise histológica e histomorfométrica, com significância estatística. Em conjunto, nossos dados podem elucidar questionamentos e oferecer novas alternativas terapêuticas no contexto da medicina regenerativa e da bioengenharia óssea. Concluímos que o método de coleta, isolamento, caracterização e expansão das BMSCs atenderam aos padrões definidos pela Sociedade Internacional de Terapia Celular. Certificamos que o protocolo de preparo do aloenxerto fornece um material descelularizado, e confirmamos que o aloenxerto é capaz de fornecer suporte estrutural para adesão das BMSCs, oferecendo um microambiente favorável para sobrevivência e diferenciação das células, sendo capaz de induzir a neoformação óssea.