Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Silva, Vitor Tavares de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21136/tde-08102024-154738/
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Resumo: |
Ambientes costeiros são altamente dinâmicos e apresentam grande variabilidade espaçotemporal em suas feições morfológicas, que são resultantes dos processos erosivos e deposicionais que ali acontecem. A ampla variação latitudinal ao longo do litoral brasileiro permite a existência de ambientes costeiros distintos. Dentre ecossistemas costeiros, pode-se destacar os recifes costeiros, que desempenham função particular na morfologia da linha de costa, pois atuam como barreiras naturais. Eles dissipam grande parte da energia incidente das ondas, protegendo as áreas adjacentes de impactos, como, por exemplo, erosão praial, tempestades e mudanças climáticas. A proteção recifal possibilita a sedimentação, resultando na progradação da linha de costa adjacente a este tipo de ecossistema. Tais áreas progradadas possibilitam que haja maior ocupação e urbanização costeira. A exposição destas áreas frente às mudanças climáticas têm sido cada vez maior, resultando na necessidade da avaliação dos potenciais impactos para o ecossistema recifal e sociedade. O objetivo deste trabalho foi avaliar as áreas protegidas por recifes no litoral tropical do Brasil ao identificar Zonas de Vulnerabilidade Imediata (áreas de maior vulnerabilidade frente às mudanças climáticas). Fatores que podem indicar vulnerabilidade costeira são: áreas de baixo relevo e redução da capacidade de atenuação da energia de ondas por estruturas recifais, devido a degradação de sua estrutura ou aumento do nível do mar. A partir disso o trabalho identificou a quantidade de pessoas que habitam os primeiros 1.000 metros da zona costeira protegida por recifes e identificou Zonas de Vulnerabilidade Imediata através da (1) identificação das estruturas recifais por meio de imagens de satélite, (2) mapeamento da ocupação das áreas costeiras por meio da Grade Estatística do IBGE e (3) a partir do relevo do terreno nas áreas onde ocorrem recifes, por meio de dados de satélite. A metodologia aplicada resultou no número de mais de 1,5 milhões de pessoas habitando áreas próximas a estruturas recifais e identificou de mais de 200 Zonas de Vulnerabilidade Imediata ao longo do litoral do nordeste do Brasil. Frente ao cenário de mudanças climáticas, o conhecimento destes números e Zonas de Vulnerabilidade Imediata pode servir de ponto de partida para estudos mais detalhados em escalas mais locais, a fim de mitigar danos e proteger a vida. |