Fazendo a vida fazendo unhas: uma análise sociológica do trabalho de manicure

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Oliveira, Juliana Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-05032015-104355/
Resumo: O objetivo desta tese é apresentar a análise da interação social como um meio de explicar a atividade de trabalho de manicure e a forma social que assume no Brasil. Por meio do relato das manicuras, examina as condições interacionais nas quais o trabalho é realizado associando-as às suas condições de contratação. A explicação se passa dividida em dois momentos: um sobre como o trabalho acontece e outro sobre como o trabalho é organizado socialmente, isto é, as relações sociais que o mantêm sem uma imagem profissional, mal remunerado e precário ante os riscos à saúde para trabalhadoras(es) e clientes. O primeiro capítulo apresenta dados socioeconômicos sobre o setor de embelezamento pessoal no Brasil e como o serviço de manicure tem sido abordado na literatura sociológica, verificando como os conceitos de trabalho emocional, trabalho estético e trabalho corporal foram formulados e aprimorados para explicar o trabalho nos serviços interpessoais, nos quais se incluem os serviços de beleza pessoal. A partir das questões presentes e ausentes dessa bibliografia, o segundo capítulo apresenta a pesquisa de campo e os pressupostos teóricos que formam a análise. O terceiro refere-se às condições do emprego de manicura encontradas na pesquisa de campo, destacando a influência do contrato de trabalho estabelecido na atividade de trabalho. Comenta-se o serviço de manicure em Montréal comparando-o em linhas gerais com o brasileiro. O quarto capítulo é dedicado a propor a interação face-a-face como um aspecto central da atividade de trabalho em serviços interpessoais, e o faz por meio da análise do relato das manicuras sobre o próprio trabalho. Por fim, o último capítulo traça algumas considerações sobre o que as interações sociais do trabalho de manicurar e as suas condições de emprego dizem da sociedade em que as manicuras trabalham e vivem