Militância enquanto convite ao diálogo: o caso da militância monodissidente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Vas, Dani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-09112021-140959/
Resumo: A presente pesquisa surge de uma articulação entre meus estudos sobre militância bissexual e as questões de pesquisa feitas à luz da psicologia cultural semiótico-construtivista. No campo das orientações sexuais não-monossexuais que experimentam atração sexual e/ou romântica, emergem tensionamentos que se estruturam e se relacionam entre si. Entre eles podemos nomear: a grande quantidade de orientações sexuais nomeadas que existem e o porquê de serem mantidas hoje; as tentativas de organizar o campo multifacetado e os processos de aproximações e afastamentos entre diferentes orientações sexuais. Proponho a noção de monodissidência como designando um campo-tema, visando organizar o campo complexo e multifacetado de identidades sexuais, questionando bissexualidade como termo guarda-chuva e buscando contemplar o espectro de orientações sexuais que se atraem por mais de um gênero. Essa pesquisa busca ilustrar a proposta de entender militância como uma possibilidade de diálogo, em uma perspectiva dialógica que permite uma abertura ao diálogo e autoquestionamentos. Faço isso a partir do estudo dos materiais selecionados segundo o método da participação observante, identificando quais são, e como se estabelecem, os tensionamentos que existem dentro do campo-tema designado por monodissidência, em especial em seu recorte atravessado pela militância. Busco, enquanto objetivos específicos, entender o que militantes monodissidentes sentem e pensam acerca da realidade em que estão inseridos, levando em conta seus objetos simbólicos e materiais, investigando o que é consenso entre eles e o que ainda está em disputa, sobretudo no que tange aos temas da monodissidência em si. Com isso, pretendo favorecer as condições de criar ferramentas e instrumentos para que monodissidentes construam suas vivências e militâncias num habitar sereno e confiado. Os dados foram construídos a partir da análise de textos que versam sobre os temas da bissexualidade, da pansexualidade, e também sobre monodissidência. Foram articulados trabalhos acadêmicos com textos militantes, correlacionando ambos com literatura acadêmica pertencente ao campo do construtivismo semiótico-cultural em psicologia