Sexualidades e gêneros cambiantes: militância e ativismo nos documentários Generonautas (Jornada por Identidades Mutantes e De Gravata e Unha Vermelha)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Sandra Alesia Pereira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3891
Resumo: Esta dissertação analisa dois documentários - "Generonautas, jornada por identidades mutantes" (Monika Treut, 1999) e "De gravata e unha vermelha" (Miriam Chnaiderman, 2014) - tendo o objetivo de discutir como a identidade de gênero e a sexualidade são expressas nessas obras. Balizam este estudo a concepção de identidade como em contínua transformação e, gênero, como construção histórica, cultural e política. Sustentam, especialmente, tal olhar, os estudos feministas e a teoria queer, que defende a superação da padronização binária heterossexual/homossexual. O trabalho avalia os diferentes pontos de vista dos documentários, considerando os momentos históricos de suas produções. No filme de Treut, destacamos o aspecto militante da obra ao abordar o cotidiano de uma comunidade de trasgêneros residentes em São Francisco (EUA), tendo a cidade um papel importante na causa em defesa dos corpos abjetos. Já no filme de Chnaiderman, buscamos entender como se apresenta a sexualidade e o gênero em sua multiplicidade, tendo a vestimenta como principal elemento de transgressão. Isto posto, enumeramos algumas indagações que atravessam esta pesquisa: como se constroem os diferentes ativismos nas duas produções, mantendo-se a perspectiva de uma militância desenhada pelas organizações LGBT (Lésbica, gay, bissexual e trans) e tendo em vista a construção e consolidação de direitos sociais para este grupo ao longo dos quinze anos, tempo de espaço entre as produções? Qual a articulação - seja em maior ou menor grau - com o cotidiano, no sentido de se reconhecer neste "espaço de vivência e convivência", uma trilha para a consolidação dos propósitos do ativismo? Quais as marcas temporais específicas dos filmes que dialogam com a teoria queer? Por fim, que questões éticas suscitam tais obras quando expõem indivíduos historicamente discriminados? Buscar responder a estas e outras questões próximas, significa, para esta pesquisa, apontar para a necessidade do rompimento da invisibilidade que ainda marca quem optou pela transexualidade e/ou outras formas de identidade sexual e de gênero e, ao mesmo tempo, reconhecer na mídia, mais especificamente no audiovisual de não-ficção, um locus potente e significativo no cenário da comunicação contemporânea