Desenvolvimento de métodos e preparação de microesferas de polímero e resinas marcadas com Hólmio-166

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Costa, Renata Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/85/85131/tde-21092011-102343/
Resumo: A expansão do desenvolvimento de radionuclídeos para uso em terapia de tumores, permite que técnicas de tratamento de tumores sejam mais seletivas e adequadas. Novos agentes têm como finalidade reduzir o tempo de tratamento e acelerar o tempo de recuperação de muitos pacientes. O principal objetivo deste trabalho é o desenvolvimento de microesferas de ácido lático e resina marcadas com Hólmio-166, para que se obtenha um radiofármaco que possa oferecer um tratamento localizado do tumor e, portanto para que se tenha a máxima irradiação do tumor e a diminuição dos efeitos de toxicidade nos tecidos adjacentes saudáveis. A metástase hepática é a principal causa de morte de pacientes com câncer de colo retal, para estes pacientes a resposta da quimioterapia e da radioterapia é baixa. Uma alternativa é a radioterapia interna seletiva utilizando microesferas marcadas com Hólmio-166, um emissor b (Emax=1,84 MeV), com um alcance máximo no tecido de 8,4mm e emissor de fótons (81 keV, 6,2%), apropriado para a aquisição de imagens. A produção de Hólmio-166 é possível no reator nuclear IEA-R1 (IPEN-CNEN/SP), um reator de pesquisa com baixo fluxo de nêutrons. O Hólmio tem uma abundância de 100% na natureza e seção de choque de 64 barns. Isso permite produzir uma atividade de 344mCi (~12GBq) (reator IEA-R1, 60 horas, 4,0x 1013n .s-1.cm-2), o suficiente para produção de doses terapêuticas. As resinas de troca catiônica, AG50W-X2, AG50W-X8, Amberlite, Sephadex e Sepharose, foram marcadas com 166Ho. Todas elas apresentaram um ótimo resultado de marcação. As resinas AG50W-X2, AG50W-X8, Amberlite e Sephadex não têm o tamanho de partícula ideal para terapia de tumores hepáticos, porém foi proposto que partículas com tamanho entre 100-450 m podem ser usadas no tratamento de tumores de cabeça e pescoço. A resina Sepharose tem as características essenciais para terapia de tumores hepáticos. Entretanto, estudos in vivo devem ser realizados para comprovar a sua eficácia. O preparo das microesferas de ácido lático não foi bem sucedido, mas a primeira fase da preparação apresentou bons resultados.