"Marcação do peptídeo Dota-TYR3-Octreotato com radioiodo e estudo da biodistribuição e afinidade por células de carcinoma pancreático"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Nagamati, Lucio Takeshi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/85/85131/tde-30052007-155826/
Resumo: Os tumores neuroendócrinos são raros, ocorrem principalmente no trato gastrointestinal, mas outros sistemas são acometidos como pele, pulmões e sistema nervoso. São ricos em receptores de somatostatina (SM) do tipo 2 (SSTR2) e podem secretar hormônios em excesso. Peptídeos análogos sintéticos da SM são de grande utilidade por possuírem meia vida maior do que a SM e, assim, podem ser utilizados para melhora clínica destes pacientes devido sua ação inibitória tumoral. A marcação destes peptídeos com radioisótopos permite a obtenção de imagens, de boa relação custo-eficácia comprovada, e realização de terapia. O peptídeo utilizado, DOTA-Tyr3-octreotato (DOTATATO), possui afinidade ao receptor SSTR2 muito maior do que o utilizado comercialmente hoje, é facilmente radioiodado e possui biodistribuição favorável para diagnóstico e terapia devido à presença do quelante DOTA. Estudamos a influência de vários fatores na pureza radioquímica do composto marcado além da estabilidade da marcação e biodistribuição em camundongos Swiss e Nude, normais e com tumor de células AR42J, além da estimativa de dose absorvida. Observamos fácil e estável radioiodação do peptídeo à razão molar peptídeo/radioiodo (131I) de 2,73, que gerou espécie radioquímica com tempo de retenção de 22,7 minutos na cromatografia líquida de alta eficiência e que apresentou biodistribuição e dosimentria favoráveis para a realização de imagens e terapia dos pacientes com tumores neuroendócrinos, ao contrário do que dados antigos da literatura mostravam nos compostos radioativos sem quelante associado. Outras razões molares não se mostraram eficientes, com outras espécies radioquímicas e biodistribuição desfavorável. Um estudo dosimétrico em pacientes com tumores neuroendócrinos pode ser realizado num futuro próximo.