De fontes e aguadeiros à penas d\' água: reflexões sobre o sistema de abastecimento de água e as transformações da arquitetura residencial do final do século XIX em Pelotas - RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Silveira, Aline Montagna da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-26032010-162420/
Resumo: O trabalho trata das formas de abastecimento de água durante o século XIX, analisando as transformações ocorridas no ambiente urbano, em função das instalações das redes de água encanada na cidade de Pelotas. Nesse sentido, investiga o surgimento das primeiras companhias hidráulicas na província de São Pedro do Rio Grande do Sul, compara as soluções propostas para as três principais cidades gaúchas (Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande) com àquelas implementadas em outras localidades e discute as diversas propostas de abastecimento para estas cidades. A pesquisa trata da proliferação das epidemias durante o século XIX e das intervenções ocorridas no ambiente urbano, realizadas com o intuito de embelezar, sanear e higienizar as cidades. Aborda, ainda, a instalação de outras obras de infra-estrutura em Pelotas no final do século XIX, que apresentam a particularidade de serem destinadas ao bem público e administradas por empresas privadas. Aproxima a investigação sobre a Companhia Hidráulica Pelotense, estabelecendo, a partir de um olhar sobre o abastecimento de água, relações entre a trajetória de trinta e sete anos de funcionamento da empresa e o cotidiano da cidade. Trata das semelhanças e das diferenças entre as empresas hidráulicas de Pelotas e de Rio Grande, e analisa os problemas enfrentados pela companhia pelotense (como a falta dágua, os furtos, as ligações clandestinas e a resistência quanto a regularização do consumo), assim como as diversas soluções propostas (entre elas a construção da Casa de Máquinas junto ao arroio Moreira). Discute a municipalização da empresa no início do século XX e, a partir das transformações propostas para os equipamentos das redes de água encanada, aborda as demolições, as transformações e as permanências de algumas obras representativas do patrimônio industrial em Pelotas. Estuda os projetos arquitetônicos submetidos à aprovação da Intendência Municipal de Pelotas no período de 1895 a 1908, e percebe que, apesar da preexistência das redes de água encanada na cidade, a incorporação de ambientes e de equipamentos voltados à higiene ocorreu lentamente nas edificações residenciais pelotenses. Mas, se por um lado os interiores apresentaram poucas alterações (e inclusive algumas permanências, como os algibes domésticos), os dados encontrados e as análises realizadas evidenciaram a preocupação concedida ao aspecto exterior das edificações, presente na qualidade da representação gráfica das elevações projetadas na cidade de Pelotas no final do século XIX e na primeira década do século XX.