Do associativismo à financeirização: previdência privada e fundos de pensão no território brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Alves, Caio Zarino Jorge
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-23052023-133306/
Resumo: A pesquisa teve como principal objetivo investigar as formas particulares pelas quais a ação dos fundos de pensão funcionaliza a atual configuração do modo capitalista de produção na dimensão do território brasileiro. Para tanto, recorremos à uma perspectiva de longa duração direcionada à análise sobre como diferentes entidades com funções previdenciárias se estruturam como sínteses, produtos e condições do território usado à cada diferente período. Como recursos metodológicos utilizamos principalmente a revisão bibliográfica, a sistematização de dados empíricos coletados em fontes documentais e a consideração de conteúdos normativos concernentes ao tema. Dessa forma, buscamos destacar como os processos de permanências e transformações das entidades previdenciárias ao longo dos anos se constituíram a partir da mediação entre, por um lado, a incidência dos vetores de cada modernização, e, por outro lado, as particularidades da base material do território e suas normas. Em um panorama que se inicia no associativismo e culmina nos fundos abertos e fechados de previdência privada, concluímos que: a) o desenvolvimento das entidades previdenciárias tem relação direta com o processo de urbanização do território, e de maior complexidade da divisão social e territorial do trabalho que se cria a partir da urbanização; b) o destaque para o Rio de Janeiro no controle dos ativos dos fundos de pensão indica o protagonismo das entidades patrocinadas por empresas públicas como particularidade deste setor em relação ao conjunto das finanças corporativas de natureza privada, que centralizam suas sedes em São Paulo; c) a recente ultrapassagem do total de ativos das entidades abertas pelas fechadas sinaliza uma financeirização da previdência no território