Floresta urbana e clima: uma análise do global ao local nos impactos socioambientais em São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Wadt, Maria Fernanda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6140/tde-18022020-101211/
Resumo: A partir das interações entre clima, infraestrutura verde, centros urbanos e serviços ecossistêmicos, e dentro de uma perspectiva interdisciplinar, a tese apresenta e discute resultados de um estudo que buscou integrar e estabelecer relações entre dois níveis de análise. No nível de análise global, a tese privilegiou uma revisão de experimentações que se baseiam na manutenção e ampliação da infraestrutura verde local como parte integrante do planejamento urbano e territorial. As áreas verdes urbanas, com praças, parques, florestas, hortas e arborização viária, como a tese evidencia, cumprem importante papel também na promoção de qualidade de vida e bem-estar dos indivíduos, como minimização do sedentarismo e da obesidade, combate à depressão e ansiedade, além de minimizarem os efeitos das ilhas de calor e dos extremos climáticos. No nível local, a tese apresenta resultados de estudo empírico sobre os benefícios do terceiro maior fragmento florestal da megacidade de São Paulo - o Parque Estadual Fontes do Ipiranga (PEFI) - na minimização dos efeitos climáticos locais e das sensações térmicas dos seus visitantes. Os resultados trazem evidências de diferenças de temperaturas do ar e de superfície, umidade relativa do ar e irradiação incidente entre áreas com cobertura vegetal densa, áreas abertas com cobertura vegetal e áreas impermeabilizadas. Os efeitos benéficos desse parque urbano são ainda mais perceptíveis quando comparados com outras áreas mais adensadas e com menor índice de vegetação na cidade, que apresentam temperaturas do ar e de superficiais maiores. Os dados apresentados e discutidos neste trabalho confirmam, à luz da literatura consultada, a importância desse parque urbano na redução da temperatura do ar e atenuação da radiação incidente, e na intensificação das sensações de conforto térmico. Mostram, assim, a necessidade da megacidade de São Paulo, marcada pelo adensamento de edificações e ocupação do solo com grande limitação de áreas verdes, em conservar e ampliar sua infraestrutura verde, como é o caso do PEFI, para amenizar as adversidades do clima urbano e propiciar benefícios ambientais, sociais e econômicos, com efeitos positivos para a qualidade de vida e bem-estar dos indivíduos.