Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Marques, Raquel do Nascimento |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-20062023-152354/
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Resumo: |
Esta tese trata dos temas fundadores das gramáticas portuguesas: o universal e o geral. As gramáticas da língua portuguesa publicadas entre os séculos XVI e XIX baseiam-se epistemologicamente na universalidade implícita do modelo greco-latino, que é o modelo comum aplicado na descrição das línguas vernáculas, no Ocidente, a partir do Renascimento, e na generalidade assumida da teoria da gramática geral francesa, que se fez sentir sobretudo no século XIX. Para determinar como estes modelos fundamentais refletem na sintaxe do português, mais precisamente no par concordância/regência, analisamos primeiro, no longo termo, as noções de universalidade e generalidade. Em seguida, estudamos o conceito de sintaxe em gramáticas latinas e francesas, que constituem a base teórica das gramáticas portuguesas. Por fim, examinamos a sintaxe em gramáticas portuguesas publicadas em Portugal (séculos XVI-XIX) e no Brasil (século XIX). Nossa reflexão baseia-se em um corpus representativo (Colombat, 1998) e inscreve-se no quadro metodológico da história serial (Auroux, 2008), que entende a história como uma questão de dimensões e de relações entre essas dimensões (Auroux, 2006). As análises revelam, em primeiro lugar, o prevalecimento do modelo gramatical latino para a gramática portuguesa, tendo essa última absorvido tardia e progressivamente as doutrinas da gramática geral francesa, por isso sua configuração eclética. Elas revelam também que a adaptação do modelo da gramática latina e da geral francesa à sintaxe portuguesa possibilitou o desenvolvimento do aparato terminológico e conceitual, bem como a reestruturação da sintaxe da gramática portuguesa, como observado na gramática de Barbosa (1822). O gramático português inclui nessa nova reestruturação a categoria da proposição integrante, concebida como aquela que completa o sentido do verbo da proposição principal. Essa categoria sistematizada será retomada pelo gramático brasileiro Duarte, em 1829. |