Saúde mental de crianças escolares no município de Picos Piauí: o que a família pensa a respeito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Campelo, Lany Leide de Castro Rocha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-13122019-171115/
Resumo: Introdução: O ambiente familiar e a forma como a criança é cuidada exercem forte influência sobre o seu desenvolvimento e saúde mental. Esses aspectos interferem nos seus pensamentos, emoções e comportamentos, impactando na qualidade das suas relações interpessoais e no desenvolvimento de competências diversas. Objetivos: Identificar sintomas psicopatológicos em crianças de 6 a 12 anos cadastradas em uma ESF no município de Picos Piauí e conhecer os aspectos considerados importantes na concepção dos familiares quanto ao cuidado da saúde mental de suas crianças. Método: Estudo de métodos mistos realizado em duas etapas: 1) quantitativa, aplicação da Escala de Identificação de Sintomas Psicopatológicos em Escolares (EISPE) em 117 escolares; 2) qualitativa, entrevista semiestruturada com 22 familiares das crianças que preencheram a EISPE, abordando questões relacionadas à estrutura familiar e ao cuidado cotidiano das suas crianças. Os dados quantitativos foram analisados por meio de estatística descritiva e os qualitativos por meio de análise de conteúdo sob a luz do referencial teórico das Necessidades Essenciais das Crianças. Resultados: De acordo com a EISPE nenhuma criança apresentou sintomatologia indicativa de necessidade de encaminhamento especializado, todavia foram identificados sintomas de ansiedade, problemas de comportamento, atenção, comportamento alimentar, humor e uso de substâncias psicoativas, nesta ordem. Os aspectos do cuidado relacionados ao bom desenvolvimento e saúde mental das crianças avaliadas demonstraram forte similaridade com as experiências vivenciadas pelos familiares em sua infância com sua família de origem, influenciando o seu modo de cuidar e contribuindo para que fossem mais ou menos empáticos quanto ao reconhecimento das necessidades de cuidado em saúde mental das suas crianças. Os resultados referentes à percepção dos familiares sobre o cuidado da saúde mental das crianças resultaram em duas categorias: Cuidados que impactam na saúde física e mental de crianças escolares, com três subcategorias relativas aos domínios afetivo, físico e moral; e Parentalidade e saúde mental da criança, com subcategorias referentes a ações direcionadas ao desenvolvimento mental saudável da criança. Conclusões: A identificação precoce de sintomas psicopatológicos em crianças, bem como o conhecimento dos aspectos que conduzem a forma de cuidar das famílias, possibilitam à enfermeira, no âmbito da atenção primária, implementar estratégias que visem ao suprimento de necessidades de cuidados que garantam às crianças desenvolver-se plenamente.