Estudo sobre o erigir de uma locução moderna nos Petits Poèmes en Prose, de Charles Baudelaire

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Ferreira, Jeferson
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-14062011-083337/
Resumo: Publicado em 1869 configurando-se, portanto, como obra póstuma o conjunto de poemas do livro Petits Poèmes en Prose, de Charles Baudelaire, mostra-se, diante da crítica, como um enigma em dois níveis: no primeiro, como projeto de um sujeito poético que contrasta com a locução lírica de Les Fleurs du Mal; e no segundo, como gênero que desafia os lugares formais, convencionalmente dedicados à poesia e à prosa. A partir deste problema, o presente estudo tem por objetivo analisar a aventura do poema em prosa de Baudelaire, respeitando sua dicção singular, e sem esquecer de situá-la em toda a fortuna crítica a respeito do gênero. Para tanto, recupera-se o ambiente enunciativo destes poemas em prosa; considerando, inicialmente, os lugares e funções da oposição poesia/prosa no Século XIX, e, depois, ligando essas pesquisas às particularidades da poética de Baudelaire. No trato com a matéria verbal, a partir da observação do uso de apostos e construções em sequência, relacionar a reflexão teórica a uma lírica dita moderna, a uma poética do incerto, mostrou-se fértil, conferindo ao trabalho uma abertura em direção ao incompleto como projeto de escritura.