Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Ishii, Keila Yumi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/97/97140/tde-26102022-103927/
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Resumo: |
Atualmente muitos estudos buscam entendimento sobre a ação de agentes xenobióticos sobre organismos de ambientes aquáticos. Dentre os agentes xenobióticos estudados, os microplásticos são materiais frequentemente identificados em corpos dágua e que apresentam capacidade adsortiva e ação sinérgica toxicológica quando associados a outras espécies químicas. Os plásticos expostos às condições ambientais degradantes possuem suas propriedades físico-químicas alteradas, o que se chama de processo de envelhecimento, gerando modificações estruturais com efeitos nos fenômenos de adsorção e nos efeitos toxicológicos, consequentemente. Dessa forma, o presente estudo objetivou entender a relação dos efeitos toxicológicos que microplásticos de polietileno virgens (MPv) e envelhecidos (MPe) associados ou não ao fungicida cetoconazol (CTZ) podem representar para organismos aquáticos, utilizando o organismo Daphnia similis como modelo experimental. A composição química e morfologia superficiais dos microplásticos foram analisadas através das técnicas de FTIR-ATR e MEV, respectivamente, enquanto a toxicidade do MPv e MPe, isolados ou associados ao CTZ, foi determinada através dos biomarcadores de estresse oxidativo em D. similis. Foram observadas as mudanças físicas e químicas causadas pelo envelhecimento artificial do MP, obtendo-se evidências do envelhecimento do material visto o surgimento de grupos oxigenados e maior enrugamento superficial. A exposição dos MPs isolados não demonstrou danos em nenhum dos parâmetros medidos, enquanto o CTZ provocou aumento da mortalidade e mudança na resposta oxidativa. Os conjuntos de microplásticos com CTZ mostraram-se mais letais, reforçado pelas maiores atividades enzimáticas da superóxido dismutase (SOD), glutationa S-transferase (GST) e malondialdeído (MDA). Na comparação entre o MPv e MPe associados ao CTZ, houve maior mortalidade pelo MPv + CTZ do que do MPe + CTZ, embora o segundo tenha causado maior dano oxidativo (MDA) e ativação da SOD. Foi visto que a associação entre os microplásticos e o fármaco foi mais tóxica ao organismo do que cada xenobiótico separadamente, sendo necessárias mais avaliações de comparação de danos entre os plásticos virgens e envelhecidos. |