Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Ludmila de Paula Castro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2134/tde-16082022-101857/
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Resumo: |
A Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional e seu Protocolo Adicional relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, especialmente Mulheres e Crianças (Protocolo de Palermo), trazem o arcabouço normativo de envergadura mundial a iluminar o encadeamento de ações dos Estados signatários sobre o tráfico de pessoas para fins de exploração sexual, tanto no que concerne à resplandecência nos ordenamentos internos como nos documentos firmados no seio dos conglomerados econômicos Mercosul e União Europeia. A simbiose entre a integração econômica e a cooperação jurídica internacional em matéria penal incrementa as interseções entre o Direito Processual Penal e o Direito Internacional, emergindo a imprescindibilidade de fruição de uma nova sistemática de proteção do ser humano na ordem global. O desenvolvimento tecnológico e os fluxos migratórios humanos e comerciais reposicionaram o conceito de fronteira. Antes entendida meramente como limite territorial do Estado para exercício de sua soberania e jurisdição, passa a funcionar com viés simbólico, poroso e fluido no contexto de miscigenação cultural, política e social, com os obstáculos antepostos pela diversidade de sistemas jurídicos. A ambivalência em questão trouxe dificuldades de transposição da investigação e persecução penal para acompanhar a mobilidade da vítima do tráfico de pessoas e, por consequência, planificou terreno fértil à criminalidade transfronteiriça, inserindo-se a cooperação jurídica internacional como o principal instrumento de conexão entre os países em torno de uma causa comum: o combate às graves violações de direitos humanos consistentes na mercantilização de pessoas e escravização de sua liberdade sexual. O objetivo geral da pesquisa é estudar os mecanismos da cooperação jurídica internacional com enfoque no aprimoramento da prevenção e combate ao tráfico de pessoas para fins de exploração sexual, abordando as peculiaridades do crime, alguns desafios operacionais da cooperação jurídica internacional e perspectivas factíveis vindouras ao Brasil. Apropriandose de pesquisa qualitativa, bibliográfica e documental, além de pesquisa de campo com entrevistas em instituições dedicadas a subsidiar a cooperação jurídica internacional (Europol, Eurojust e Interpol), bem como procedendo à análise dos respectivos instrumentos disponíveis, alcançou-se a conclusão quanto à necessidade de proposição de um microssistema antitráfico fundado na cooperação jurídica internacional para aperfeiçoar os mecanismos de interação do Brasil no cenário internacional e viabilizar a atuação no campo da proteção da vítima, prevenção e repressão da criminalidade que circunda o tráfico de pessoas para fins de exploração sexual. |