O professor-enfermeiro e a docência no ensino superior: entre teorias pedagógicas e o gerencialismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Gatto Júnior, José Renato
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-19032019-163033/
Resumo: Essa tese pretende analisar as concepções e práticas pedagógicas de professores universitários enfermeiros. Para tanto, foi realizada uma pesquisa socioclínica, fundamentada nos pressupostos da Análise Institucional. Os dispositivos utilizados foram o convite para a pesquisa, o diário de pesquisa, entrevistas, observações e análise de documentos, restituições individuais dos dados, encontros coletivos para análise dos dados, análise de demanda e encomenda e análise de implicações. Participaram de todo o percurso investigativo desta pesquisa 13 professores-enfermeiros docentes de uma universidade pública. Ainda, outros 5 professores-enfermeiros de cinco outros estabelecimentos de ensino superior de quatro regiões do Brasil foram entrevistados também. Os dados foram produzidos a partir de um conjunto de dispositivos analíticos inter-relacionados e fundamentados na Análise Institucional. A análise de dados aconteceu segundo momentos de transcrição, transposição e reconstituição em movimentos contínuos, concomitantes e dinâmicos de produção, restituição e escrita. Os resultados foram organizados a partir de três principais analisadores da docência no ensino superior e o professor-enfermeiro: relação tempo-dinheiro, discutir concepções e práticas pedagógicas e resistência. Por meio desses analisadores, se produziram efeitos que analisam a situação da docência no ensino superior e o professor-enfermeiro, em que há fortes influências da perspectiva neoliberal sobre o trabalho docente, impulsionando uma profissionalização docente que dá maior ênfase para atividades que trazem dinheiro para a universidade e para os programas de pós-graduação e incentivo na economia de tempo com as atividades não-geradoras de dinheiro, como as da dimensão ensino. O modelo neoliberal tem provocado também que as concepções e práticas pedagógicas se sustentem apenas se se alinharem a estes pressupostos, as demais se desvanecem e não encontram sustentação. Os movimentos de resistência de docentes-enfermeiros contra estas perspectivas neoliberais não têm produzido dispositivos de resistência duradouros para enfrentar esta questão e vão sendo assimilados aos poucos. Desse modo, concluímos que as escolhas dos docentes-enfermeiros estão cada vez mais fundamentadas na perspectiva gerencialista que em referenciais ou pressupostos emancipadores/críticos/dialéticos oriundos de teorias pedagógicas