Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Leme, Michel Alessandro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96133/tde-28112018-100853/
|
Resumo: |
Empresas familiares são o principal tipo de empresa ao redor do mundo. No Brasil são responsáveis por 50% do PIB e geram 85% dos empregos formais. Por possuírem a influência da família no negócio, os mecanismos de controle gerencial adotados por essas empresas tendem a ser informais e baseados em confiança. Estudos na área de contabilidade gerencial em empresas familiares demonstram que a adoção de sistemas de controle gerencial trazem benefícios econômicos e podem auxiliar na implementação de estratégias e facilitar processos de sucessão. No entanto, falta compreensão na academia sobre como ocorre o processo de adoção de sistemas de controle gerencial em empresas familiares e qual a influência da família e dos valores familiares neste processo. Este estudo buscou entender como os valores familiares, a presença da família na gestão e a interação entre os atores organizacionais influenciam o processo de adoção de SCG em empresas familiares. Para atingir este objetivo, foi conduzido um estudo de caso em uma empresa familiar que possui membros da família na gestão e passou por um processo de adoção de sistemas de controle gerencial. Foram realizadas entrevistas com gestores familiares e não familiares e coletados documentos considerados relevantes para o entendimento do fenômeno estudado. A análise foi feita utilizando-se a técnica de análise de conteúdo temática à luz do quadro teórico proposto por ter Bogt e Scapens (2014), baseado na Velha Economia Institucional (Old Institutional Economics). Os resultados evidenciados neste estudo demonstram como o contexto organizacional, os valores familiares no negócio e a racionalidade dos atores organizacionais direcionaram a escolha, o processo de adoção e a institucionalização do sistema de controle gerencial no caso estudado. Este estudo contribui para a literatura demonstrando que o uso do quadro teórico proposto por ter Bogt e Scapens (2014) é apropriado para entender como ocorre o processo de adoção de SCG por empresas familiares e fornecendo explicações para resultados conflitantes (Songini & Gnan, 2015; Speckbacher &Wentges, 2012), sugerindo que além da presença de membros da família na gestão, as instituições internas (como os valores familiares) e externas precisam ser considerados quando se busca entender a adoção de SCG em empresas familiares. |