Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Nogueira, Joice Iamara |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-15122020-140502/
|
Resumo: |
As interações entre espécies são extremamente importantes para a estrutura da comunidade porque elas influenciam o padrão de coexistência e a ocorrência de clados em determinadas áreas. Nos Neotrópicos, plantas e polinizadores vertebrados representam exemplos de história natural e interação biótica e são usados para interpretar resultados ecológicos e evolutivos complexos em florestas tropicais. O primeiro capítulo desta tese trata da organização e construção de um banco de dados para a interação entre flores e vertebrados polinizadores na Mata Atlântica da América do Sul. Apesar deste Bioma estar distribuído até a Argentina e Paraguai, não encontramos registros desta interação nestes paises. Verificamos também que há um forte viés nas amostragens, sendo que áreas de floresta localizadas no Rio de Janeiro e São Paulo contêm a maior parte dos registros. Observamos que, no geral, as características de flores - grande variação na tamanho da corola, baixa produção de néctar e baixo número de visitantes - e vertebrados - baixo número de plantas visitadas - favorecem a especialização neste sistema de polinização. Para beija-flores, as plantas visitadas por eremitas recebem visitas de menos espécies do que não-eremitas. As características de plantas e vertebrados envolvidos na interação não apresentaram influência de fatores ambientais, indicando que fatores bióticos pode ser mais importante para estruturar as comunidades. No segundo capítulo, baseado nas diferenças na distribuição das interações entre os eremitas e não eremitas nos questionamos se assimetrias nas interações entre as duas guildas poderiam ser percebidas na estrutura co-filogenética das comunidades. Esperávamos que a origem precoce dos eremitas e sua interação fiel a certos grupos de plantas pudessem gerar forças de interação mais forte do polinizador para a planta (assimetrias maiores), sendo sua marca histórica mais evidente que nas interações entre os não eremitas e suas flores. Nos amostramos as interações entre flores e beija-flores em uma metaweb composta por 327 espécies nativas de plantas, 31 especies de beija-flores (26 não eremitas e cinco eremitas) e 1102 interações na Floresta Atlântica brasileira. A interação com sinal co-filogenético mais forte envolve as flores da família Bromeliaceae e os beija-flores eremitas, ao passo que para a interação entre não eremitas e flores, o sinal co-filogenético é praticamente ausente. Portanto, este estudo revela que os sinais cofilogenéticos nas redes de interação mesmo dentro do mesmo taxon pode ser distinto. Para beija-flores e flores residentes da Floresta Atlântica, os sinais de históricos de coevolução podem ser registrados somente para a interação entre eremitas. Para os não eremitas, não é possível registrar sinais históricos nas interações ecológicas contemporâneas. |