Detecção e associação de herpes vírus e bactérias periodontopatogênicas em pacientes HIV positivos com doença periodontal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Grande, Sabrina Rosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23146/tde-18062011-104139/
Resumo: Herpes vírus humanos são patógenos amplamente distribuídos na população mundial e, recentemente, tem se estudado um possível envolvimento desses vírus na etiologia da doença periodontal. Indivíduos HIV positivos (HIV+) têm mostrado uma maior prevalência desses vírus e, a imunossupressão induzida pelo HIV é conhecida por facilitar a reativação desses microorganismos. Desse modo, o presente estudo teve como objetivo determinar a presença dos vírus Herpes simples tipo 1 (HSV-1), Citomegalovírus (HCMV) e Epstein-Barr vírus tipo 1 (EBV-1), relacionando-os com a presença de bactérias periodontopatogênicas como: Aggregatibacter actinomycetemcomitans (A. actinomycetemcomitans), Porphyromonas gingivalis (P. gingivalis) e Tannerella forsythia (T. forsythia) em pacientes HIV+ com doença periodontal. Foram coletadas amostras de placa subgengival, saliva e sangue capilar de vinte e sete indivíduos HIV+ com periodontite crônica (HIV-p) e 23 indivíduos HIV+ com gengivite (HIV-g). A detecção das espécies bacterianas e dos herpes vírus foi realizada pela técnica de Reação em cadeia da polimerase (PCR) e Nested PCR, respectivamente. A análise estatística mostrou que para o grupo HIV-p, EBV-1 e T. forsythia apresentaram maior prevalência nas amostras de placa subgengival (70.4% e 51.8%, respectivamente) e saliva (81.5%, 40.7%, respectivamente) do que no sangue (22% e 0, respectivamente) (p<0.005 e p<0.0001, respectivamente). A bactéria P. gingivalis foi mais freqüente na placa subgengival (77.7%) em relação à saliva (25.9%) e sangue (25.9%) (p<0.0001). No grupo HIV-g, P. gingivalis e HCMV apresentaram maior freqüência na placa subgengival (95.6% e 91.3%, respectivamente) do que na saliva (21.8% e 65.2, respectivamente) e sangue (17.4% e 60.86%, respectivamente) (p<0.0001 e p=0.004, respectivamente). T.forsythia e EBV-1 foram detectados com maior freqüência na placa subgengival (47.8%, 78.3%, respectivamente) e saliva (52.2%, 52.2%, respectivamente) do que no sangue (8.7% e 13%, respectivamente) (p=0.004 e p<0.005, respectivamente). A.actinomycetemcomitans e HSV-1foram detectados com freqüências similares nas três amostras nos dois grupos. Não houve associação entre coinfecção de herpes vírus e patógenos periodontais e doença periodontal em pacientes HIV+ com doença periodontal. Na saliva de pacientes HIV+ houve associação entre EBV-1, e coinfecção viral por EBV-1 e HCMV com a doença periodontal.